Edição nº 1703 - 18 de agosto de 2021

CULTURA
António Salvado recorda poesia de Guerra Junqueiro

A Real Associação da Beira Interior, com o apoio da Câmara de Castelo Branco, organizou, dia 6 de agosto, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, uma palestra subordinada ao tema Já Leram a Poesia de Guerra Junqueiro?, que teve como orador António Salvado.
Na atividade foi recordado que Abílio Guerra Junqueiro nasceu em 1850, em Freixo de Espada à Cinta, e faleceu em 1923, em Lisboa. De família abastada e católica, frequentou na Universidade de Lisboa, a Faculdade de Teologia, mas acaba por ser primaz em Direito, em 1873. Foi administrativo, foi deputado pelo Partido Progressista, mas muito do seu tempo foi ocupado na lavoura de suas vastas propriedades.
Em Lisboa fez parte da Geração de 70 do Século XIX - Os Vencidos da Vida, zanga-se com Oliveira Martins, que pertencia ao grupo Os Vencidos da Vida, por ter aceitado o cargo de ministro e rompe definitivamente com ele com o Ultimatum, tornando-se apoiante da República. Com a implantação da República, em 1910, exerce o cargo de Ministro Plenipotenciário na Confederação Helvética entre 1911 e 1914. Depois cuidou da sua obra e das suas propriedades no Norte de Portugal.
A sua obra é na maioria poética, também escreveu prosa. Guerra Junqueiro começou aos 16 anos a publicar poesia. Em 1866 Mysticae Nuptiae¸em 1867 Vozes sem Eco; em 1868 Batismo de Amor; em 1870 A Vitória de França, em 1873 A Espanha Livre.
Em 1874 A Morte de Dom João foi o Primeiro Painel de uma Trilogia, o Segundo Painel com A Velhice do Padre Eterno, em 1885, obra prefaciada por Camilo Castelo Branco), o Terceiro Painel publicado em 1826 foi Prometeu Libertado.
Guerra Junqueiro publicou, em 1879, A Musa em Férias; em 1890 Finis Pátria; em 1882 Os Simples; em 1902 Oração ao Pão; em 1904 Oração à Luz; em 1920 Poesias Dispersas.
No volume Poesia Dispersa, A Lágrima tem 36 dísticos, com alexandrinos de rima emparelhada.
Na História da Poesia Portuguesa, não há obra que tenha sido mais amada e mais negativamente criticada que a de Guerra Junqueiro.
No decorrer da palestra, Manuel Costa Alves, Maria de Lurdes Barata e Maria de Lurdes Riscado recitaram poesias de Guerra Junqueiro.

18/08/2021
 

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