Edição nº 1734 - 23 de março de 2022

ANUNCIADO NAS COMEMORAÇÕES DOS 251 ANOS DA CIDADE
Câmara cria Prémio Internacional Amato Lusitano na Área da Saúde

Castelo Branco comemorou, no passado domingo, 20 de março, o 251.º aniversário de elevação a cidade. Uma data festiva que foi assinalada com um programa que decorreu ao longo de todo o fim de semana e que teve o seu ponto alto com a Assembleia Municipal extraordinária comemorativa da efeméride.
Na sessão realizada na manhã do passado domingo, o presidente da Assembleia Municipal, Jorge Neves, fez uma resenha histórica desde a atribuição do primeiro foral, para mais à frente realçar que “Castelo Banco tem mais de 800 anos” e afirmar que “a construção de uma comunidade é um processo coletivo que nunca está concluído”, sendo que este “é um momento de refletir o presente e perspetivar o futuro”.
No período reservado aos partidos com assento na Assembleia, Ernesto Candeias Martins, do Partido da Terra (MPT), começou por destacar “o orgulho de sermos Albicastrenses”, para avançar que se deve “olhar sobre o passado, mas também sobre o que é o nosso futuro”, tendo em atenção que “o futuro somos nós, num tempo confuso, intermitente, mas de esperança”.
Ernesto Candeias Martins não perdeu depois a oportunidade de se referir a António Sena Faria de Vasconcelos, para defender “a colocação de uma estátua junto à casa onde nasceu, na Rua de Santo António”, bem como a “reposição da placa que ali assinalava o centenário do seu nascimento”.
Já noutra vertente focou-se na “interioridade, no despovoamento, na crise demográfica, que é um problema que temos que resolver”, sem esquecer, também, que “temos igualmente que pensar o que queremos para a zona do Castelo”.
Tudo, para defender “um plano de desenvolvimento sustentável” e assegurar que “somos donos do destino desta cidade e do seu território”, com a certeza que “há que construir um futuro para as novas gerações”.
Maria da Conceição Pereira, do Chega, também recuou no tempo, para referir que “a região é habitada desde o Paleolítico” e garantir que “somos um povo que tem orgulho nas suas raízes, tradição e cultura”.
Já Carlos Antunes, da coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), alertou que “não podemos continuar a ver os nossos filhos a saírem e não mais voltarem”. Defendeu também que “a cidade e o Concelho precisam, urgentemente, de uma política de natalidade, de apoio à juventude e desporto, de apoio aos casais jovens, de uma política de saúde capaz de dar resposta às populações, de uma política de educação, de desenvolvimento para aproximar as outras regiões, de transportes amigos do ambiente, de apoio ao turismo, aos investidores, à terceira idade, de uma política que inverta a perda de população”, entre outros.
Para Pedro Crisóstomo, do SEMPRE – Movimento Independente, há que “celebrar os 251 anos da cidade. Celebrar a vida, a paz, cada momento que vivemos neste concelho”, tanto mais que “esta é uma cidade bonita, cheia de história, com boa gastronomia e aqui nasceram e viveram figuras ímpares da nossa história”.
Perante isto defende que “a cidade pode e deve liderar esta região. Há que valorizar Castelo Branco, esta região e isso deve estar acima de interesses partidários”.
Por seu lado, José Dias Pires, do Partido Socialista (PS), sublinhou que “este é um território de muitas heranças” e de caminho, com os olhos na comemoração dos 251 anos de cidade, frisou que, “nesta cidade, muitas das nossas ruas têm mais de 250 anos”.
José Dias Pires afirmou que “sabemos que ainda há muito para fazer. Sabemos que são muitos os desafios que temos pela frente” e concluiu que “o que está por fazer é sempre mais que aquilo que está feito”.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, no início da intervenção avançou que “encerramos hoje as comemorações dos 250 anos da cidade de Castelo Branco. Se há um ano comemorámos o aniversário da cidade perante a incerteza que a pandemia ainda nos traria, passado um ano comemoramos mais um aniversário na incerteza de quais as consequências que uma nova guerra na Europa trará às nossas vidas”. Uma referência à guerra na Ucrânia, pela qual foi cumprido um minuto de silêncio.
Focado na cidade afirmou que é “urgente olhar para o futuro das nossas terras, dos nossos jovens”, referindo-se à ação desenvolvida pela Câmara, recordando os cinco eixos delineados pelo executivo que lidera e com os quais se apresentou nas eleições Autárquicas.
Leopoldo Rodrigues fez também questão de deixar bem claro que “hoje é o Dia da Cidade, mas, obviamente, que tudo isto se faz em articulação com as nossas freguesias e numa perspetiva integrada, como um todo, assim todos queiram caminhar à luz deste objetivo”.
O autarca destacou que “o Dia da Cidade é também dia de distinguir, reconhecer e agradecer”. Daí, a atribuição de quatro Medalhas de Ouro da Cidade. Uma distinção que este ano foi para o Centro Distrital da Segurança Social de Castelo Branco pelo trabalho desenvolvido durante a pandemia, sendo esta a única Medalha de Ouro da Cidade que foi entregue na sessão da Assembleia. Tudo, porque as restantes serão entregues em datas simbólicas, sendo que, para já, foram entregues apenas os certificados.
Assim, a Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA), receberá a Medalha pelos seus anos do Liceu Nuno Álvares, dia 2 de maio.
A Escola Afonso de Paiva, pelos 50 anos, receberá a Medalha a 1 de outubro.
A título póstumo será ainda distinguido com a Medalha de Ouro da Cidade o médico João José Castel-Branco da Silveira, com a entrega agendada para 18 de outubro, que é o Dia do Médico.
Relembrado e vida e percurso de João José Castel-Branco da Silveira, Leopoldo Rodrigues, afirmou que, “como é do conhecimento público, uma das maiores referências de para Castel-Branco da Silveira era João Rodrigues de Castelo Branco, o nosso querido Amato Lusitano, tanto que em setembro de 1995 propõe a mudança do nome do Hospital Distrital de Castelo Branco para Hospital Amato Lusitano”.
O autarca sublinhou, de pois, que “Amato Lusitano é um dos filhos prediletos de Castelo Branco. Por isso é nossa responsabilidade coletiva preservar o seu nome e difundir as suas boas práticas junto da comunidade médica”, revelando que a Câmara vai criar o Prémio Internacional Amato Lusitano na Área da Saúde. Prémio que contemplará duas categorias, uma de investigação e outra de carreira, sendo que a primeiro edição será apresentado dia 18 de outubro, Dia do Médico.
A sessão comemorativa dos 251 anos da cidade ficou ainda marcada pela música, com Rodrigo Lourenço a interpretar os temas Marcha de Castelo Branco, de Eugénia Lima; Saudades da Beira, de Arlindo Carvalho; e Cantiga Partindo-se, de João Roiz de Castelo Branco, com base num fado de Amália Rodrigues.
António Tavares

23/03/2022
 

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