Edição nº 1748 - 29 de junho de 2022

CIMBB APRESENTA PRIMEIRA VERSÃO ESTA QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO
Beira Baixa vai ter Plano Intermunicipal de adaptação às alterações climáticas

A sexta e última sessão temática de divulgação, informação e sensibilização pública dedicada às Alterações Climáticas, promovida pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) realizou-se dia 15 de junho, no auditório da Escola Superior de Tecnologia (EST) de Castelo Branco, sendo que a primeira versão do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Beira Baixa (PIAAC-BB) é apresentada esta quarta-feira, 29 de junho.
Na sessão de abertura, o diretor da EST, Fernando Reinaldo Ribeiro, destacou a importância na discussão desta problemática em contexto académico e público. Por seu lado, o presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, fez questão de lançar algumas questões para debate, nomeadamente sobre se a Barragem do Alvito terá ou não razão de ser, se a sensibilização para a poupança da água, não deveria ser financiada pelo poder central, assim como a sua reutilização, se o ambiente, a economia e a sociedade serão áreas incompatíveis no desenvolvimento.
Na primeira intervenção, Teresa Andresen abordou as questões intrínsecas ao ordenamento do território quanto ao seu regime de ocupação, uso e transformação do solo, e questões relativas à gestão da paisagem, nas medidas e nas ações para uma intervenção mais ativa. Teresa Andresen afirmou que “estamos perante novas políticas, novos instrumentos, novas catástrofes naturais, no vas crises humanitárias e novas tendências e valores” e questionou “que paisagem queremos em 2030 na Beira Baixa”, para defender que “estamos perante coisas simples que passam pela gestão, conservação e proteção ativas”.
Paulo Marques, da Allbesmart Lda e docente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), abordou o tema das cidades inteligentes e como estas podem adaptar-se às alterações climáticas, apresentando ações concretas, designadamente o projeto piloto da rega remota e inteligente no Parque das Violetas, em Castelo Branco; a monitorização remota da qualidade da água no Rio Tejo com a Câmara de Vila Velha de Rodão; projeto City Action, postes de iluminação solar em Castelo Branco; realidade aumentada para apoio à operação de redes de água na região de Aveiro; os sistemas inteligentes de transporte (ITS). Tudo para concluir que, “curiosamente, foi o progresso tecnológico que causou o problema e será a tecnologia a resolver ou mitigar esse problema”, convicto que a Beira Baixa funcionará assim como um “laboratório de teste de medidas de combate às alterações climáticas”.
Ana Daam, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), reconheceu o “inegável papel dos municípios e das comunidades intermunicipais”. Além da abordagem dos riscos das alterações climáticas e dos eventos extremos, fez um enquadramento da política climática nacional e europeia e sobre a evolução das políticas de adaptação às alterações climáticas em Portugal, concluindo que “é essencial a integração da adaptação nas diversas políticas públicas, o que constituí um desafio, mas também uma inevitabilidade, sob pena de não preparar convenientemente o território e as populações para os impactos”.
A sessão continuou com um debate livre moderado pelo diretor da EST, Fernando Reinaldo Ribeiro.
Os trabalhos terminaram com uma intervenção do Primeiro secretário do Secretariado Executivo da CIMBB, João Carvalhinho, que destacou o “excelente momento de participação e partilha”. Acredita que o PIAAC-BB será “o melhor roteiro e o mais adequado para a Beira Baixa e não será para ficar na gaveta”, garantiu, uma vez que “este é o nosso compromisso e isto significa que a CIMBB e os municípios da Beira Baixa não cruzam os braços perante este enorme desafio societal”.

29/06/2022
 

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