Edição nº 1749 - 6 de julho de 2022

António Tavares
Editorial

Sonhar faz parte da vida e até é bom, principalmente, quando os sonhos se tornam realidade. Vem isto a propósito da construção de um novo aeroporto em Portugal. Ou melhor do sonho do novo aeroporto, que já tem mais de 50 anos. Um sonho que na semana passada incendiou a vida política e colocou o Governo numa posição delicada, porque num dia tínhamos três aeroportos e no dia tudo tinha voado.
A solução para o problema, imagine-se, podia passar pela transformação do Aeródromo de Castelo Branco em aeroporto. Aqui não há problemas com aves, bem como não há problemas de submersão com a elevação do nível do mar. Mais, Lisboa fica a pouco mais de duas horas de viagem, sempre em autoestrada. Uma viajem rápida se se tiver em consideração os padrões internacionais, afinal é esse o tempo que se demora entre alguns os aeroportos e as principais capitais europeias que servem.
Continuando esta divagação, este seria também um modo de aplicar a tão falada e prometida discriminação positiva do Interior, sendo que além de Portugal esse aeroporto também serviria a raia espanhola.
Agora fora de devaneios, sejamos pragmáticos.
Será que ninguém se lembra que em Beja existe um aeroporto que caiu no esquecimento? Uma infraestrutura que está sem aproveitamento e que, por sinal, até tem capacidade para receber o maior avião de passageiros do Mundo, como não acontece nos restantes aeroportos nacionais.
Pois é, nos países ricos é assim, não se aproveita o que se tem e não se constrói aquilo que se defende ser indispensável.

06/07/2022
 

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