Edição nº 1752 - 27 de julho de 2022

FREGUESIA CIVIL DE CASTELO BRANCO FOI CRIADA HÁ 173 ANOS
Cidadania honorária distinguida no Dia da Freguesia

A Junta de Freguesia de Castelo Branco assinalou, na passada quarta-feira, 20 de julho, o Dia da Freguesia, uma vez que há precisamente dia, há 173 anos, em 1849, era criada a Freguesia Civil de Castelo Branco.
As comemorações tiveram como palco os jardins da Casa de Infância e Juventude (CIJE) de Castelo Branco, na Zona Histórica da cidade, contando com um momento musical pelo João Roiz Ensemble, ao que se seguiu a atribuição do galardão de Cidadão Honorário da Freguesia de Castelo Branco a Teresinha Domingos Sanches e a Fernando Dias de Carvalho, para terminar com a apresentação da terceira edição do Prémio Internacional de Poesia António Salvado – Cidade de Castelo Branco (ler notícia na página 7).
Na cerimónia, o presidente da Junta, José Dias Pires, explicou que a escolha dos jardins da CIJE para a sua apresentação teve um motivo, pois realçou, tanto Teresinha Domingos Sanches, que esteve representada pela filha, Inês Falcão, como Fernando Dias de Carvalho, que compareceu pessoalmente, tiveram uma forte ligação há instituição centenária.
José Dias Pires falou depois de cidadania, ao destacar o “caminhar de cidadãos preocupados para cidadãos educadores: só o conseguem aqueles que sabem ser as pessoas que fazem as cidades, lhes enchem os espaços comunitários com sons, memórias, sonhos e que, para além disso, contribuem para multidimensionar a sua vida, partilhando projetos, atividades e espaços para construir lugares de pertença e de comunidade”.
José Dias pires sublinhou que “chegam a cidadãos educadores aqueles que procurem, e conseguem, dar expressão a tudo isso, perspetivando-o numa lógica de desejo e de futuro, de justiça social e de solidariedade, consensualizados no espaço democrático, potenciando-os enquanto momentos de aprendizagem intencionais e, como tal, racionalmente planificados”.
Assim, defendeu que “a noção de ser-se cidadão educador começa, cada vez mais, a ganhar expressão comunitária. Noção na qual se privilegia uma visão cultural e relacional da comunidade e na comunidade, organizada em função do contributo dos que a compõem, responsabilizados em ternos de participação social e de compromisso.
Passamos a identificar-nos como cidadãos educadores quando nos organizamos, deliberada e estrategicamente, no sentido de favorecer o processo de aprendizagem social e cultural de todos os que nos rodeiam. Mas importa perceber que tal não pode, nem deve, querer corresponder a tentativas de compartimentação da vida social, porque é bem diferente a relação entre a cidadania e o tempo humano que aqui está em causa. Cidadãos educadores são aqueles que, a todos os níveis da sua participação comunitária, afirmam explicitamente uma intencionalidade pedagógica e estabelecem na relação com a comunidade uma corrente de interação humana capaz de dar sentido ao quotidiano das pessoas e, assim, influenciar positivamente as suas trajetórias de vida, os seus momentos diários e as recompensas que resultam desses momentos”.
Tudo, para concluir que “é exatamente toda essa conjunção que homenageamos hoje concedendo a uma cidadã e a um cidadão Albicastrenses um galardão de cidadania honorária”.
Por seu lado, a vereadora Patrícia Coelho, da Câmara de Castelo Branco, realçou que “a Junta de Freguesia tem um papel muito importante junto dos fregueses”, destacando, também, “a proximidade com as instituições, neste caso a CIJE, o que traz uma mais-valia”.
Patrícia Coelho, que em relação à CIJE fez questão de destacar que “este é um local vivo. Um local de ciência viva do que nós podemos fazer pelos outros, pelas crianças. O papel do que é ser cidadão e fazer cidadania”.
Antes, Fernando Dias de Carvalho não quis deixar de “agradecer esta homenagem, que inesperadamente me decidiram fazer”, aproveitando para recordar os anos em que esteve à frente da Direção da CIJE, confessando que “foi o local onde sofri mais”.
Explicou que “vim com a intenção de desenvolver as pessoas”, para depois avançar que ainda não conseguimos resolver as coisas básicas, para avançar para um processo mais avançado do desenvolvimento. Infelizmente ainda não resolvemos os problemas fundamentais e ficamos a discutir os problemas básicos, como a alimentação e outros, sem avançarmos para a vertente pessoal”. Por isso, defendeu que “dar um segundo salto no nosso desenvolvimento é fundamental e ainda não o conseguimos”, embora revele que “passar a Direção para a Graça Frade é uma das coisas boas que fiz na vida, pois tem desenvolvido esta instituição”.
António Tavares

27/07/2022
 

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