Edição nº 1785 - 22 de março de 2023

Sociedade dos Amigos do Museu homenageia Alfredo Keil com palestra e recital

A Sociedade dos Amigos do Museu de Francisco Tavares Júnior, em Castelo Branco, pretende associar-se à exposição Alfredo Keil, Harmonias, patente ao público no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, até dia 2 de abril. Assim, no próximo sábado, 25 de março, pelas 15 horas, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, a exposição temporária dedicada à obra plástica e música de Alfredo Keil (1850-1907), é palco de uma palestra e de um recital em homenagem a Alfredo Keil, artista português multidisciplinar, criador do Hino Nacional.
A palestra intitulada A música vocal e instrumental de Alfredo Keil (e as suas muitas interseções) é apresentada pelo musicólogo Rui Magno Pinto, que é investigador integrado do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical e membro do Internationale Gesellschaft zur Erforschung und Förderung der Blasmusik.
Bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, discutiu na sua tese de doutoramento a emergência de uma cultura sinfónica em Lisboa entre 1846 e 1911. Na sua dissertação de mestrado, concluída em 2010, debateu a atividade e obra dos principais instrumentistas de sopro portugueses no segundo e terceiro quartéis do século XIX. Preparou várias edições críticas de obras sinfónicas e concertantes de compositores portugueses dos séculos XVIII, XIX e XX, tendo cooperado com várias orquestras e instrumentistas nacionais para a sua estreia moderna.
Professor do Departamento de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e do Departamento de Música da Universidade do Minho. É fundador e diretor artístico dos projetos Novos alunos d@ Guilherme Cossoul e Filarmónica Enarmonia, desenvolvidos no âmbito do programa Práticas Artísticas para a Inclusão Social da Fundação Calouste Gulbenkian; e cocoordenador do projeto MUSICAR – Prática musical para pessoas com cegueira e baixa visão e pessoas surdas, iniciativa da Metropolitana apoiada pelo MusicAIRE - ação cofinanciada pela União Europeia.
O tema da palestra pretende mostrar Alfredo Keil, que Stuart Torrié intitulou como “o mais fantasioso e audaz compositor” Português do seu tempo, produziu mais de uma centena de obras, entre óperas, suites sinfónicas, ciclos de música para piano e para canto e piano.
Um olhar atento sobre a sua obra musical sugere que Alfredo Keil procedia, não raras vezes, ao aproveitamento de algumas das suas obras, ou de andamentos e excertos, em diferentes géneros de música instrumental e vocal. Essa prática de reaproveitamento e revisão serve de eixo condutor à apresentação, na qual se discutirá a obra musical de Alfredo Keil e a complexa tarefa de elaboração do catálogo de um dos mais notáveis e prolíficos compositores Portugueses tardo-oitocentistas.
Segue-se um recital de homenagem a Alfredo Keil, através da Classe de Canto da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, com a colaboração das professoras Elisabete Matos e Dora Rodrigues, e ao piano a professora Natália Riabova.
Será abordada a sua obra operática, com A Serrana, apresentando um dueto de Zabel e André, acompanhado por um grupo coral. A Serrana, composta entre 1895 e 1899 foi, sem sombra de dúvidas, a obra de Alfredo Keil que melhor persistiu ao longo dos tempos, tornando-se indiscutivelmente na “imagem de marca” do compositor, excetuando, obviamente, A Portugueza, que também será ouvida no recital. Esta obra, com libreto de Henrique Lopes de Mendonça, a primeira com libreto português, é baseada no conto Como ela o amava, de Camilo de Castelo Branco. Foi levada à cena pela primeira vez no Teatro São Carlos, a 13 de março de 1899.
Também serão apresentadas outras obras do compositor Alfredo Keil, passando por alguns dos seus contemporâneos Portugueses, como Francisco Lacerda e Vianna da Motta. A harmonização deste recital evoca ainda as suas canções Manuelinas e algumas obras com textos de Victor Hugo e Prudhomme.
Estarão em palco os alunos Ana Sofia Ventura, Afonso Santos, Beatriz Gouveia, Beatriz Magalhães, Carolina Santos, Eduarda Dias, Margarida Araújo, Margarida Ribeiro, Pedro Cibrão e Rúben Fernandes, da licenciatura e mestrado das professoras Elisabete Matos e Dora Rodrigues da ESART, acompanhados ao piano por Natália Riabova.

22/03/2023
 

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