Edição nº 1816 - 1 de novembro de 2023

COM O BORDADO DE CASTELO BRANCO
Castelo Branco já está na Rede de Cidades Criativas da UNESCO

A Câmara de Castelo Branco realça, em comunicado, que “se congratula com a decisão da UNESCO de acolher Castelo Branco na Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria Artesanato e Artes Populares, com o Bordado de Castelo Branco. A partir de agora, Castelo Branco integra formalmente um grupo restrito de cidades que valoriza as gentes, a cultura e o futuro assente na tradição. Porque para se construir um futuro sólido, é preciso conhecer e acarinhar o passado. O desafio passa agora por levar a todo o Mundo a criatividade presente nesta e outras artes e disseminá-las para garantir um futuro sustentável”.
A autarquia recorda que “Castelo Branco lançou-se na candidatura à integração da Rede de Cidades Criativas da UNESCO em 2022, vendo todos os seus esforços serem recompensados. Este é o reconhecimento mundial da importância do Bordado de Castelo Branco, uma arte secular que é um dos símbolos da cidade e da região. Os bordados são uma expressão da identidade cultural e da criatividade do povo Albicastrense”.
É também destacado que “a integração dos bordados locais na Rede de Cidades Criativas é uma excelente plataforma para o desenvolvimento de parcerias promotoras da inovação, das indústrias culturais e criativas, e de atividades económicas ligadas à manufatura, promovendo também a coesão social do Concelho. Após uma fase de menos fulgor no Século XIX, o primeiro quarto do Século XX assistiu ao renascimento do tradicional Bordado de Castelo Branco, cuja produção terá registado o seu período mais fértil no Século XVIII”.
A entrada de Castelo Branco na Rede de Cidades Criativas da UNESCO “é um importante passo para a valorização e promoção do Bordado de Castelo Branco. Esta distinção contribui para a divulgação da arte Albicastrense a um público mais alargado, e para um desenvolvimento sustentável. Os bordados Albicastrenses são caracterizados por um estilo único e inconfundível, com motivos florais e geométricos que são bordados em cores vivas. São utilizados para decorar uma grande variedade de peças de vestuário, têxteis e objetos de decoração. Castelo Branco passa a integrar um grupo restrito de cidades de todo o Mundo que se destacam pela criatividade e pela capacidade de valorizar o património cultural”.
O vice-presidente da Câmara de Castelo Branco e coordenador de todo o processo de candidatura, Hélder Henriques, afirma que “estamos perante uma oportunidade única. Esta candidatura representa uma visão para o território ancorado naquilo que temos de mais genuíno e autêntico. Este é o elemento agregador de toda uma estratégia de desenvolvimento territorial que tem como objetivo de longo prazo dar resposta a desafios como a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento de uma economia do conhecimento e de proximidade e a sustentabilidade demográfica. A partir desta distinção e integração na Rede de Cidades Criativas da UNESCO desenvolver-se-á, desejavelmente, um ecossistema criativo, centrado na diversidade, tecnologia, empenhado na sustentabilidade, na inclusão social e na regeneração urbana, bem como estimulará a atratividade de Castelo Branco do ponto de vista cultural e turístico numa rede global que é a das Cidades Criativas”.
Hélder Henriques acrescenta que “as cidades são ecossistemas que devem dialogar em rede, com o objetivo de promover o seu desenvolvimento integrado, onde a criatividade humana aparece como principal motor de desenvolvimento, alinhados com os ODS. Nunca fez tanto sentido um diálogo profícuo entre os processos potenciadores da globalização e a valorização dos contextos locais, fatores que a Rede de Cidades Criativas da UNESCO potencia”.
Na nota da Câmara pode ainda ler-se que “o reconhecimento da UNESCO ao integrar Castelo Branco na Rede de Cidades Criativas não constitui, importa reconhecê-lo, o trabalho desta ou daquela pessoa. Representa um trabalho e uma estratégia que também vem de anteriores iniciativas, infraestruturas e atividades que permitiram reforçar e alcançar este objetivo. Este tipo de candidatura só é possível com os parceiros públicos e privados que acreditaram no projeto e com todas as instituições e pessoas que contribuíram de modo direto ou indireto para o mesmo”.
Por isso, “a Câmara de Castelo Branco agradece ao empenho do presidente da Comissão de Honra, general António Ramalho Eanes, pelo interesse evidenciado ao longo de todo o processo de candidatura. Agradecemos às bordadoras e a todos os artistas que desde o primeiro momento instigaram ao desenvolvimento das diversas atividades. Um agradecimento especial também à APPACDM, parceira fundamental neste processo, à DGARTES que ajudou a refletir sobre as temáticas, às instituições de Ensino Superior, com destaque para o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e Universidade da Beira Interior (UBI), à ADRACES que esteve sempre disponível, ao IEFP cujo contributo foi inexcedível para continuar a garantir o futuro do Bordado de Castelo Branco, à Associação Amato Lusitano e à Albigec, bem como a todos aqueles que subscreveram a carta de princípios”. Tudo para reiterar que “este não é um projeto da Câmara de Castelo Branco, este é um projeto do território, um projeto coletivo e transformador, a longo prazo, que permitirá a Castelo Branco ir ao encontro de novas oportunidades e novos sentidos tendo como desígnio maior os Albicastrenses”.

01/11/2023
 

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