COMISSÃO POLÍTICA DE SECÇÃO
PSD retira confiança política a João Belém
A Comissão Política de Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco deliberou, por unanimidade, “a retirada de confiança política”, ao vereador da Câmara de Castelo Branco eleito pela coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), João Belém.
O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Castelo Branco, Pedro Lopes, destacou, em conferência de Imprensa realizada na passada quinta-feira, 2 de maio, que “a partir de hoje todas as posições e votações assumidas pelo senhor vereador não mais representam ou vinculam o PSD”.
Pedro Lopes explicou que “esta Comissão Política tentou, varadíssimas vezes, estabelecer relações de trabalho, diálogo e concertação com o senhor vereador João Belém”, para realçar que “nunca entrámos, do outro lado, disponibilidade e abertura. Bem pelo contrário”.
Adiantou também que “os Estatutos Nacionais do PSD são claros em relação às obrigações dos seus militantes e eleitos”, para sublinhar que “o senhor vereador João Belém sempre se recusou a comparecer nas reuniões convocadas para discussão e definição de planos e estratégias, recusou-se a partilhar os documentos preparatórios das reuniões de Câmara, prejudicando deliberadamente a capacidade de ação desta Comissão Política”. A isto acrescentou que, “sobretudo, tem-se consolidado, com o tempo e com a prática a ideia que o senhor vereador João Belém tem mais interesse e disponibilidade em estabelecer entendimentos com o Partido Socialista (PS), ao invés de o fazer com o parido pelo qual aceitou ser eleito”.
As críticas continuam, ao afirma que “esta postura representa, no nosso entendimento, uma traição ao PSD, bem como aos eleitores que votaram na coligação liderada por este partido, nas eleições Autárquicas de 2021”.
Pedro Lopes referiu ainda que “sabemos bem que a retirada da confiança política ao senhor vereador João Belém representa um ato político substancial” e garantiu que “fizemo-lo de forma pondera a refletida, com a clara intenção de encerrar um ciclo de degradação da imagem do PSD perante a opinião pública”.
Questionado quanto à eventual demissão de João Belém, Pedro Lopes avançou que “não lhe ficaria mal ele demitir-se” e explicou que “tem o mérito de ter sido eleito, mas não pode esquecer-se que foi na lista de um partido”, para reforçar que do “ponto de vista ético devia renunciar ao cargo”.
António Tavares