DIREÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA TECNOLÓGICA PROFISSIONAL ALBICASTRENSE
Patrícia Nunes sucede a João Ruivo
A Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (ETEPA) terá, no início do próximo mês de setembro, uma nova diretora pedagógica, Patrícia Nunes, que sucede a João Ruivo, que ocupava o cargo desde setembro de 2018.
A alteração foi avançada numa conferência de Imprensa realizada na passada quarta-feira, 3 de julho, no decorrer da qual qual Sérgio Bento, que é o presidente da ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa, proprietária da ETEPA, começou por recordar que “João Ruivo assumiu a direção pedagógica da ETEPA há seis anos, por ser a pessoa indicada, naquele momento, para Escola” e realçar que “a sua passagem foi absolutamente essencial para a sobrevivência da ETEPA”.
Sérgio Bento relembrou que “em 2018 a ETEPA estava a passar por uma fase menos boa e João Ruivo veio dotá-la de condições para uma escola profissional de futuro”, uma vez que “pegou nas mais-valias que a ETEPA tinha e fez a escola que a ETEPA é hoje. Pôs a ETEPA a mexer”.
Em relação a João Ruivo, Sérgio Bento realçou ainda “o rigor, a exigência, a disponibilidade, a competência e a excelência de trabalho”, para assegurar que “com a saída de João Ruivo não termina aqui nenhum ciclo”, uma vez que “o ciclo vai continuar”, aproveitando para referir que “das pessoas de 2018, Patrícia Nunes já estava na ETEPA e acompanhou toda esta revolução positiva”. Tudo, para referir que em relação a Patrícia Nunes “confiamos no trabalho que tem desenvolvido. Já tem a nossa confiança” e concluir que “a ETEPA é a nossa escola. Será sempre a nossa escola”.
João Ruivo, por seu lado, começou por realçar que “nunca ocupei nenhum lugar de direção, e tive o primeiro aos 22 anos, mais de cinco ou seis anos”, por considerar que “a perpetuação cria vícios”.
Tal serviu para avançar que no respeitante à ETEPA “tinha um compromisso para acompanhar esta Direção, presidida por Sérgio Bento, até ao final do mandato” e destacar que, “por vezes, os ciclos institucionais não correspondem aos escolares”. Isto, uma vez que o mandato da Direção da ETEPA termina em 2025, “a meio do ano letivo”. Com este pano de fundo defendeu que “nunca se deve fazer uma mudança a meio do ano letivo, pode criar entropia” e, daí, a decisão de deixar a Direção Pedagógica da Escola no final de agosto.
Nesta matéria João Ruivo afirmou que “acabei dois ciclos. Em setembro é iniciado um novo ciclo, um novo ano escolar e a Escola funcionará melhor se a nova diretora começar no início do novo ano escolar. Por outro lado, continuou, “já cumpri todos os objetivos que tinha apontado para mim próprio” e frisou que “sempre tive capacidade de lidera equipas, nunca trabalhei em nenhum lado unipessoalmente”.
João Ruivo reiterou que “penso que cumpri todos os objetivos”, dando como exemplo uma “melhoria das instalações inacreditável” e avançar que Patrícia Nunes “tem um perfil que corresponde àquilo que gostaria que fosse o novo diretor. Tem 24 anos de trabalho em Ensino Profissional”, para acrescentar que “a minha saída não é uma desistência, mas sim o fim de um compromisso”, sendo que “deposito toda a confiança em Patrícia Nunes”.
Patrícia Nunes que depois de “agradecer a confiança”, afirmou que “espero cumprir”, sendo que “a palavra-chave é continuidade. A estrutura está montada, em, ternos organizacionais não podia estar melhor, portanto é continuidade”. Tanto mais que “João Ruivo deixa uma equipa fantástica na Escola” e aos elogios de Sérgio Bento a João Ruivo, acrescentou ainda o de “conciliador”.
Balanço de seis anos
João Ruivo recordou os seis anos à frente da Direção Pedagógica da ETEPA e afirmou que quando assumiu o cargo “tive a oportunidade de sublinhar que pretendia criar um novo ciclo de desenvolvimento da Escola”, para mais à frente realçar “sempre ter acreditado no Ensino Profissional”.
Relembrou, também, que “enunciei, então, os princípios que a Escola deveria cultivar: autonomia, autoavaliação, empreendedorismo, numa cultura organizacional que privilegiasse a inclusão e as parcerias com a comunidade local”.
Isto, para sustentar que, “passados seis anos, estou em crer que concluí um importante ciclo de desenvolvimento da ETEPA, como pode ser comprovado, entre outros indicadores, pelo facto da Escola ter obtido, em dois períodos trienais contínuos, dois selos europeus de qualidade European Quality Assurance Refreence Framework for Vocational Educatrion and Training (EQAVET), após avaliações externas, presenciais, efetuadas pelos peritos da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP)”.
Assim, está convicto que “a Escola se encontra em condições de prosseguir, em tranquilidade, o seu desenvolvimento, sabendo aproveitar a cultura organizacional implementada e as estruturas organizacionais criadas para esse feito”.
Recuando seis anos, João Ruivo recordou que “passados alguns dias após ter assumido funções, a minha experiência de avaliador de instituições de ensino permitiu-me recolher indicadores muito evidentes sobre a situação da Escola. Enquanto na área financeira e administrativa os procedimentos, processos e controle de execução se encontravam implementados e consolidados, na área pedagógica a Escola estava à beira de um verdadeiro colapso organizacional”, exemplificando que “apenas o Conselho Pedagógico, apesar de irregularmente constituído, se apresentava como o único órgão em funcionamento casual”.
Face a isto avançou que “procedi à constituição do Conselho Pedagógico, de acordo com a Lei, e aproveitei para criar outras estruturas organizacionais, e designação de pessoal, indispensáveis ao funcionamento e imagem de qualidade da ETEPA”. Assim, foi nomeado o Conselho Consultivo, criada a Equipa de Coordenação Pedagógica e de Promoção da Qualidade; criadas áreas disciplinares e nomeação dos respetivos coordenadores; nomeação dos diretores de turma e diretores de curso; contratação de mais uma colaboradora não docente, para apoio à Direção Financeira, passando a integrar a equipa administrativa; contratação de um técnico auxiliar para limpeza dos edifícios. A par disto também foi necessário criar os estatutos da Escola, bem como diversos regulamentos e planos.
A oferta formativa também foi renovada, com novas áreas como a Informática e a Fotografia.
Entre outros aspetos, João Ruivo falou ainda de duas “variáveis inesperadas”.
A primeira referente à pandemia de COVID-19 e a segunda referente ao facto de em período pandémico ter que se implementar todo um sistema de qualidade total, de acordo com normas, processos, procedimentos e indicadores específicos do EQAVET, impostas pela ANQEP.
Pelo meio João Ruivo destacou a melhoria das instalações da ETEPA e a mudança da sua sede para as instalações localizadas no Bairro da Horta d’Alva.
Para além das melhorias organizacionais, de requalificação de instalações, da disponibilidade de equipamentos e de aumento do pessoal afceto à Escola, João Ruivo não deixou também de dar ênfase ao trabalho desenvolvido na vertente da promoção da imagem externa da ETEPA e da sua oferta formativa, através de um plano de comunicação.
António Tavares