Edição nº 1858 - 28 de agosto de 2024

REGADIO A SUL DA GARDUNHA
SEMPRE afunda posição da Câmara

O SEMPRE – Movimento Independente, com base em declarações do presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, ao jornal Reconquista, realçou, em conferência de Imprensa realizada esta segunda-feira, 26 de agosto, que “percebeu que muito provavelmente, nem a Barragem do Barbaído nem o Regadio ao Sul da Gardunha serão concretizados”, para concluir que “pretendemos aqui demonstrar que, depois de tanta propaganda ao longo deste mandato, o executivo socialista já entra em contradição com ele próprio e, pior que isto, já não acredita na concretização das promessas que faz”.
Para fundamentar esta posição destaca que “três anos de mandato e nada foi concretizado quanto à Barragem do Barbaído. Apenas o uso do medo, dos fantasmas da falta de água, lançados através de uma retórica que demonstra apenas nada ter sido feito” e recorda “duas afirmações feitas ao longo deste mandato por parte do executivo socialista e do seu presidente”: «Vamos fazer a Barragem do Barbaído. Só avançaremos para o Regadio se garantida a Barragem do Barbaído»”.
Perante isto questiona que “se ao longo do mandato, o senhor presidente da Câmara afirmou que a Barragem do Barbaído seria uma realidade, porque é que ainda está a colocar a construção da Barragem do Barbaído e, consequentemente, a do Regadio em causa”.
O SEMPRE relembra também outras declarações de Leopoldo Rodrigues ao longo do mandato, ao referir que “a 25 de novembro de 2021 Leopoldo Rodrigues garante a construção da Barragem do Barbaído; a 10 de novembro de 2022, afirmou que o projeto da Barragem do Barbaído está a ser revisto. «Lembramos os anos de seca e a falta de água no Concelho, o que pretendemos é aumentar a capacidade de armazenamento (com a Barragem do Barbaído) para que a partir daí possamos por em equação o desenvolvimento de outros projetos»; a 2 de março de 2023, que a Barragem do Barbaído avança com ou sem apoio. «Mantemos a mesma posição em relação ao Regadio a Sul da Gardunha a partir da Barragem de Santa Águeda. O executivo municipal do PS só estará disponível para negociar se tiver a salvaguarda da Barragem do Barbaído»; a 27 de junho de 2024 Leopoldo Rodrigues promete apresentar solução para a Barragem em «devido tempo. Uma nova Barragem do Barbaído tem como objetivo principal assegurar o consumo e deve servir o abastecimento humano e a agricultura»”.
Tudo isto para sublinhar que “perante estas afirmações do senhor presidente, e passado todo este tempo, praticamente três anos de mandato, não se compreende dizer a mesma coisa ao jornal Reconquista, em 22 de agosto de 2024, nomeadamente que «só admite equacionar a construção do equipamento necessário para o Regadio Gardunha Sul, depois de garantida a construção da Barragem do Barbaído». Ou seja, passado todo este tempo, estamos no mesmo ponto que no início do mandato, ou seja, a Barragem do Barbaído não está garantida”.
O SEMPRE defende, por tudo isto, que “só se pode concluir pela existência de uma inoperância total deste executivo quanto a estas matérias, nomeadamente quanto à Barragem do Barbaído e quanto ao Regadio. E, neste caso, é o próprio presidente que diz que o Regadio avançará se a Barragem do Barbaído for uma realidade. Para além de inoperância, percebe-se que o próprio executivo socialista, não acredita na concretização das suas promessas. Se acreditasse na construção da Barragem do Barbaído, já se deveria estar a trabalhar noutros projetos para se aproveitar os fundos disponíveis”, avançando que, “infelizmente, já estamos habituados à total indiferença por parte do executivo socialista quanto à perda de fundos e à pouca capacidade de os captar. Todos sabemos que para a concretização de tamanhos projetos, muito trabalho já se deveria ter feito e muito se deveria estar a fazer, o que não se verifica de todo”.
O SEMPRE vai mais longe ao afirmar que “Castelo Branco está a ser prejudicado, não só nestes projetos, mas em tudo o resto, por nada acontecer quanto a projetos estruturantes para o desenvolvimento do Concelho. Escusa por isso o senhor presidente e o seu executivo socialista, de lançar fantasmas do medo da falta de água para cima da população. Aliás, é a única coisa que tem sabido fazer para esconder toda a sua incapacidade de concretização”.
A isto acrescenta que “para além dos fantasmas da falta de água, vem agora o senhor presidente, falar em ouvir os Albicastrenses, aliás, repetir o que disse em Assembleia Municipal no início do mandato”, para sustentar que “também neste aspeto, o executivo socialista demonstra total inoperacionalidade, dado que passado todo este tempo, nada, mesmo nada, foi feito para esclarecer os Albicastrenses quanto a estes assuntos (projetos)” e conclui que “só se o tivesse feito poderíamos acreditar que verdadeiramente quer ouvir os Albicastrenses. Parece-nos que na verdade, o que se quer é lançar o medo sobre as pessoas relativamente ao Regadio para assim conseguir esconder a incapacidade de concretização dos projetos”.
Neste contexto é igualmente afirmado que “o SEMPRE, ao longo deste mandato, tem questionado sobre estas matérias, sem nada até hoje nos ter sido respondido, o que demonstra que nada evoluiu ao longo deste mandato” e questiona “porque não foram respondidos até hoje, nem explicadas às pessoas qual o valor estimado do investimento na Barragem do Barbaído, qual o orçamento estimado para essa construção, qual a dimensão da Barragem, qual a capacidade e quais os objetivos da mesma. Quanto ao regadio, porque não foram apresentados quaisquer dados. Na verdade, não nos parece que se queira ouvir os Albicastrenses. Aliás não se compreende que por um lado se dê garantias de salvaguarda quanto à questão da falta de água com a construção da Barragem do Barbaído e depois ainda se fale na possível falta de água”.
O SEMPRE conclui que “apesar de o senhor presidente fazer depender dele próprio a construção do Regadio, através da concretização da Barragem do Barbaído, pretendemos afirmar que estes não seriam um problema, se este executivo socialista tivesse a capacidade de concretização, deixasse a retórica e passasse à ação”.
António Tavares

28/08/2024
 

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