SEMPRE crítica e rejeita Orçamento dos erres
O SEMPRE – Movimento Independente apresentou, em conferência de Imprensa realizada na passada sexta-feira, 29 de novembro, as críticas ao Orçamento da Câmara de Castelo Branco para o próximo ano, que segundo adiantou ascende a 80,4 milhões de euros e foi aprovado na sessão privada do executivo realizada nesse dia, com três votos a favor do Partido Socialista (PS), a abstenção do vereador eleito pela coligação do Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM) e três votos contra do SEMPRE. Documento que agora será discutido e votado em Assembleia Municipal.
Para o SEMPRE, “depois de apresentar orçamentos irrealistas nos anos anteriores, que foram rapidamente objeto de revisões, apresentando as piores execuções do País e com resultados negativos acumulados, achamos que podemos caracterizar este orçamento de 2025 como o Orçamento dos erres”. Ou seja, o Orçamento “do radical, do recalcado, do risível e da resignação”.
E passou a explicar que é “radical”, porque “este executivo apresenta o maior desequilíbrio dentro de todos os orçamentos até agora apresentados. Na verdade, a execução na íntegra deste orçamento exigiria uma diminuição das disponibilidades do Município na ordem dos 23,2 milhões de euros. Ou seja, as poupanças do Município seriam reduzidas em mais de metade”, pelo que “é um orçamento despesista, porque mantém a intenção de ainda integrar cerca de 200 trabalhadores nos quadros do Município, em final de mandato”.
Por outro lado é “recalcado” a partir do momento que “estamos perante um plano de investimentos que continua a contemplar projetos que Leopoldo Rodrigues já vem falando desde 2021, mas que ainda não têm execução. Pior, poucos irão ser concluídos em 2025. Ou seja, temos um mandato que iniciou com muitos projetos/promessas, mas que ao longo dos anos alguns foram caindo ou mantêm-se ano após ano, mas sem os concretizar. Um evidente prejuízo para o Concelho, fruto de uma incapacidade e desorientação total. Estamos completamente atrás do prejuízo”.
Quanto ao “risível” é argumentado que “neste Orçamento chegamos a ter situações verdadeiramente surpreendentes, quase anedóticas, mas que é verdadeiramente uma infeliz constatação daquilo que está a acontecer em Castelo Branco”.
A título de exemplo é apontado “o caso da Barragem do Barbaído que começou por constar no orçamento do município em 2022, depois em 2023 e 2024 passou a constar no orçamento dos Serviços Municipalizados e agora, pasme-se, regressou ao orçamento do município”, o que é visto como “desorientação e passado este tempo, sem qualquer euro de execução”.
Mas o SEMPRE avança com outros exemplos ao referir-se a “ter a dotação relativamente às ciclovias totalmente cristalizada desde 2022, com uma dotação de 536.086, mas sem qualquer execução nestes três anos”, assim como “ter apresentado o projeto de requalificação do Parque de Campismo em 2022, mas não constar qualquer projeto no Orçamento de 2025”, ou ter “ter apresentado o plano de requalificação do Mercado Municipal (Praça) que não consta no Orçamento para 2025”.
Já no que respeita à “resignação”, o SEMPRE realça que “este é o termo que melhor caracteriza o último orçamento deste executivo liderado por Leopoldo Rodrigues”, destacando que “a total resignação à evidência que o seu impulso resultou numa implosão do desenvolvimento deste concelho. Uma vez que em quatro anos não vai concretizar um único projeto relevante e diferenciador porque, além da evidente incapacidade e de apresentar diversas fragilidades, não existe qualquer estratégia para prosseguir”.
AT