António Tavares
Editorial
O passado já lá vai, mas nunca pode ser esquecido, até por motivos que têm a ver com o futuro. Afinal, conhecer o passado é útil, não só para se conhecer as origens, mas, também, pela importância que pode ter naquilo que se pretende que seja o futuro.
Na descoberta do passado, a arqueologia é, sem margem para qualquer dúvida, uma ciência fundamental. Daí a importância das jornadas de arqueologia que a Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, organiza no próximo fim de semana. São dois dias dedicados à arqueologia da Freguesia de Castelo Branco que, certamente, muito ajudará a conhecer e a compreender os tempos passados de Castelo Branco.
O programa não se esquece, como é natural do fundador do Museu, Francisco Tavares Proença Júnior, mas abordará muitos outros temas como, por exemplo, o Castelo Templário da cidade. No alto da colina, o Castelo domina a cidade e os seus arredores, destacando-se, lá no alto. Mas, há sempre um mas, o Castelo que conhecemos quase nada tem a ver com o que realmente foi.
A decadência do Castelo foi uma realidade ao longo dos tempos, resultado de guerras, do tempo e de tempestades e inclusive da autorização de retirada pedras, para a construção de casas e obras de utilidade pública.
Depois veio o restauro do que restava do Castelo, que resultou no que existe atualmente. Ou seja do Castelo original restam alguns elementos, mas poucos são originais. É o que há.