POR “MUITA PROPAGANDA, MAS FALHAR O ESSENCIAL”
SEMPRE critica a Câmara
O SEMPRE – Movimento Independente denunciou, em conferência de Imprensa realizada esta segunda-feira, 3 de fevereiro, “o desnorte” da Câmara de Castelo Branco apontando para o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCB), que é “um equipamento que caracteriza e diferencia o Concelho”, mas que “está numa situação de autêntico marasmo”. Uma acusação que surge devido “a não ter uma exposição desde novembro, o que reduz este espaço de referência à irrelevância”.
Isto leva o SEMPRE a considerar que “após mais de três anos a aguardar uma intervenção no seu exterior, agora o problema também já passou para o seu interior” e a acrescentar que “não conseguimos compreender que um espaço destes não tenha presente qualquer exposição. Ainda por mais, numa altura como a que foi, por exemplo, dezembro, a época natalícia, propícia a mais visitação”.
O líder do SEMPRE, Luís Correia, realça ainda que “quando se quer verdadeiramente apostar na cultura e turismo, não podemos ter um espaço destes sem qualquer exposição há cerca de três meses” e avança que, “na verdade, quando alguém pretende visitar este espaço, poderá ser convidado a visitar apenas o edifício, tal como já aconteceu a alguns visitantes”, para concluir que “esta situação demonstra que não há uma visão integrada para a cidade, para o Concelho”, uma vez que “ter este espaço gradeado mais de três anos e agora sem qualquer exposição é revelador da incapacidade de resolver os problemas e de dinamizar este território”.
As críticas vão mais longe, com Luís Correia a frisar que “além de não termos uma visão única e estratégica para o Concelho, também não a há para o centro da cidade”, pois “esperamos três anos para uma intervenção no edifício do CCCCB, mas entretanto constroem-se umas floreiras. Temos depois uma intervenção no espaço visível da Devesa, mas deixando para trás o que se passa por baixo desse espaço”, referindo que “o parque de estacionamento está cada vez mais degradado” e não perdendo a oportunidade de “relembrar que foi este Executivo que, em 2021, garantiu uma resolução deste problema”.
Por tudo isto, Luís Correia assegura que “estamos a assistir, incrédulos, a um espetáculo de propaganda protagonizado pelo atual executivo socialista, ou seja, por Leopoldo Rodrigues. Um espetáculo de anúncios em catadupa, para tentar demonstrar que nestes mais de três anos alguma coisa está a acontecer, mas que se revela difícil de percecionar”.
Nesta matéria avança que “assistimos ao anúncio de obras que, anteriormente, e repetidamente, já ouvimos sobre a intenção da desenvolver, já ouvimos sobre a contratação do seu projeto, voltamos a ouvir sobre a apresentação do projeto, voltamos a ouvir sobre o lançamento do concurso para a sua concretização, ainda ouvimos sobre a sua adjudicação e por fim acabamos por ouvir sobre o início de algumas dessas obras”.
Obras, que sublinha, “vão terminar, algumas em 2027. Ou seja, passar-se-ão seis anos”.
António Tavares