CANDIDATURA DO PSD À CÂMARA DE IDANHA-A-NOVA
António Moreira quer fazer “um mandato de mudança”
Os candidatos do Partido Social Democrata (PSD) à Câmara e à Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova nas eleições Autárquicas de 29 de setembro, António Moreira e Susana Martins, respetivamente, deslocaram-se sábado a Castelo Branco, para dar a conhecer as linhas mestras das suas candidaturas.
O encontro com a Comunicação Social teve por palco a sede distrital do PSD, com Luís Campos, o diretor de campanha, a afirmar que a apresentação decorre “aqui, porque esta é a casa mãe do Partido”.
Luís Campos denunciou depois que “o Concelho de Idanha está a definhar. Neste momento o Concelho de Idanha é um concelho morto, em que a população ativa desceu dos 18 para os 16 por cento”, avançando logo de seguida que “quando se diz que é um concelho para jovens, essa é uma mensagem errónea”.
Entre outras criticas, tendo como pano de fundo o turismo e a agricultura, Luís Campos, realçou que “esta é uma candidatura para dar um novo ciclo a Idanha, para rejuvenescer Idanha e para rejuvenescer a política” e concluir que é uma “candidatura aglutinadora”.
Estava assim lançado o mote para a intervenção do candidato à Câmara, que começou por afirmar que o é “com determinação e coragem para vencer as dificuldades e enfrento sem medo este desafio”
António Moreira comprometeu-se a fazer uma campanha “sem grandes gastos”, ao mesmo tempo que assegurou que “pretendo fazer do meu mandato uma mandato de mudança”. Com essa finalidade avança que “farei uma redução substancial nos cargos de nomeação politica”, avançando que “irei trabalhar só com um vereador a tempo inteiro”, bem como que “não haverá assessores”.
Poupar 500 mil euros
em quatro anos
António Moreira afirma também que “pretendo poupar um valor superior a 500 mil euros nos quatro anos de mandato”, até porque “controlar as despesas correntes do município será um objetivo bem definido”.
O candidato realçou ainda que “o despovoamento do Concelho é assustador”, uma vez que “se perdeu um terço dos habitantes nos últimos 25 anos”.
Para António Moreira “o turismo e agricultura terão que ser o motor para o desenvolvimento do Concelho”, avançando com algumas medidas do programa com que se apresenta, como é o caso do “maior apoio aos idosos e menos favorecidos, com alargamento da ação social, através de uma política de proximidade com as juntas de freguesia, com transferência de competências e que implique visitas frequentes a todas”.
Para os mais jovens aponta para “os transportes escolares gratuitos para todas as crianças e alunos residentes no Concelho dos ensinos Pré-Escolar, 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário”.
Já noutra vertente afirma que vai “divulgar e promover o Concelho como destino turístico e não mero passante”.
Outro ponto valorizado passa pela “aposta nos eixos Castelo Branco – São Miguel de Acha – Penha Garcia e Castelo Branco – Ladoeiro – Monfortinho, com a criação de novos pólos industriais no Ladoeiro, Zebreira e São Miguel de Acha, para além de revitalizar as zonas industriais de Idanha-a-Nova e Penha Garcia”.
“PSD de Idanha
está unido”
Por seu lado, a candidata à Assembleia Municipal, Susana Martins, assegura que neste órgão autárquico “se vão estudar com rigor os temas colocados à discussão”, comprometendo-se “a dinamizar os grupos de trabalho, que foram criados, mas nunca saíram do papel”.
Susana Martins afirma que com a candidatura do PSD “se pretende inverter as politicas conformistas do PS e não tolerar mais a inevitabilidade dos números do despovoamento”, realçando que “não havendo pessoas também o turismo não frutifica”.
Na apresentação das candidaturas esteve também presente o mandatário de campanha, Paulo Batista, o líder da Concelhia do PSD de Idanha, João Lopes, o deputado eleito pelo PSD pelo Círculo de Castelo Branco, Carlos São Martinho, e presidente da distrital social democrata, António Carvalho, com este a garantir que “desde a primeira hora que estamos muito empenhados no lançamento desta candidatura”.
António Carvalho que de seguida afirmou que “em Idanha se vive um clima de festa de quem considera que os leitores estão pouco atentos àquilo que está verdadeiramente em causa”, para garantir que “o PSD de Idanha está unido” e concluir que devido à situação política que se atravessa “é normal que as pessoas olhem com desconfiança”, rematando que “não se deve confundir o que está em jogo a nível nacional e o que se vai discutir a 29 de setembro”.