HORTENSE MARTINS NA CORRIDA À LIDERANÇA DA FEDERAÇÃO DO PS
Assegurar “luta e trabalho na defesa do Distrito”
A deputada do Partido Socialista (PS) eleita pelo Círculo de Castelo Branco, Hortense Martins, apresentou segunda-feira a moção de orientação política da sua candidatura à Federação Distrital de Castelo Branco do Partido Socialista, nas eleições de dia 6 de setembro.
Hortense Martins afirmou que a candidatura, “com mais de 300 proponentes, do qual o primeiro é Joaquim Morão”, que é o mandatário, foi formalizada no passado dia 18, para logo de seguida recordar que “a minha única motivação é continuar a trabalhar no PS, pelo Distrito”. Reiterou também que “não faço da política carreira”, invocando “a cidadania e o serviço público” e acrescentou que “não nasci hoje para o PS, para a política”, concluindo que a candidatura é “legitimada pela experiência”.
Na apresentação destacou a “revolução distrital”, ao referir que “o PS colocou o Distrito de Castelo Branco num estádio de desenvolvimento sustentado, fazendo justiça e promovendo a equidade face ao todo nacional”.
Sobre o papel desempenhado pelo Partido Socialista no Distrito recordou pontos como “a redução do IRC, entre 10 e 15 por cento, para as empresas que aqui laboram; a construção da Autoestrada da Beira Interior, sem portagens; o reforço do IC8; a modernização da Linha da Beira Baixa; a instalação de rede de gás natural, o impulso final para a conclusão do Regadio da Cova da Beira”, entre outros, para assegurar que “desde há quase duas décadas o PS é no Distrito de Castelo Branco o principal referencial de estabilidade política e o maior protagonista do progresso e do bem-estar social”.
Por isso defende que os resultados alcançados pela Federação ao longo dos últimos anos “têm que continuar. É um projeto para ter continuidade”.
Matéria em que realça que “a liderança da Federação exige a capacidade de unir, para reforçar o PS”, bem como que “a liderança da Federação não é, pois, um lugar de oportunidade circunstancial, mas sim uma posição de luta e de trabalho permanentes na defesa do Distrito”.
Na moção, entre críticas ao Governo, define como as políticas de coesão devem ser aplicadas no território do Distrito, o qual caracteriza como “um território vasto e diverso, pontuado por valores patrimoniais de excelência, ambiental e cultural, com recursos naturais adequados para a exploração agropecuária e florestal dotado de um bom nível de infraestruturas públicas que disponibilizam bens e serviços de qualidade, capacitado por instituições de Ensino Superior, de investigação e de desenvolvimento, por empresas e por organizações da economia social, que constituem a nossa estrutura empresarial, e habitado por gente afável e trabalhadora, é um território de futuro”.
Voltando às críticas ao Governo, apontou, a eliminação dos benefícios locais à interioridade e a suspensão da construção da Barragem do Alvito, assim como a “anulação da execução de projetos importantes, como a modernização das escolas do Ensino Secundário e a construção de um novo estabelecimento prisional”, sem esquecer o facto de “incumprir” um acordo com a Câmara de castelo Branco, o call center da Segurança Social.
Por estas e outras razões, afirma que “subsistem razões para o PS manter a sua postura reivindicativa, na defesa intransigente dos interesses do Distrito e das nossas gentes”, pelo que assume que “o compromisso do PS é lutar pela igualdade de oportunidades e por maior coesão social e territorial, em todos os 11 municípios do Distrito”.
Hortense Martins, no que respeita às questões institucionais e na organização do Estado, defende que “é fundamental clarificar a verdadeira desorganização administrativa vigente, ao nível distrital”, que “as unidades do Serviço Nacional de Saúde existentes no Distrito devem dispor de condições, institucionais e operacionais que lhes permitam assegurar o adequado cumprimento da sua missão”, entre outros, enquanto na área das questões de coesão e competitivida- de avança que “a revitalização económica e social do Distrito exige medidas de discriminação positiva”, acrescentando, mais à frente, que “é fundamental adotar uma política fiscal que estimule o investimento nas empresas e recompense as pessoas e as famílias que aqui vivem e trabalham”, considerando que também “é imperioso terminar com o escandaloso constrangimento ao desenvolvimento regional que constitui o atual regime de portagens nas autoestradas A23 e A25”.
Noutra área preconiza que “é essencial reintroduzir políticas sociais de apoio aos mais desfavorecidos, especialmente os idosos, e desenvolver novas políticas sociais de promoção da natalidade, de acesso à habitação e de apoio às famílias”.
Hortense Martins deixa igualmente a garantia que “os socialistas de Castelo Branco não deixarão de exigir a concretização de obras essenciais para o futuro do Distrito, da Região e do País”, dando como exemplos o IC 6 o IC 31, o abastecimento público de água ao Concelho da Covilhã e a Barragem do Alvito”.
Tudo isto, porque a missão do Partido é servir o Distrito, sendo que a Federação tem como objetivo “valorizar cada elemento, cada nó da rede socialista do Distrito”, valorizando assim “o trabalho em rede que fazemos e que pretendemos intensificar”.
Perante tudo isto, o mandatário da candidatura, Joaquim Morão, realçou que esta é uma moção forte, com conteúdo, com sentido”, vendo-a como “um instrumento fundamental da política que vai ser seguida no Distrito por esta candidatura, conscientes que a nossa alternativa é a melhor”.
AT