Luz do Instante – Encontros de Fotografia de Castelo Branco é a iniciativa organizada pela Câmara de Castelo Branco, com a coordenação artística de Alice Batista, Carlos Matos, Henrique Trindade e José Costa, que a partir de sábado apresenta na cidade quatro exposições.
Para a organização, esta iniciativa é “uma celebração da imagem fotográfica, dos fotógrafos, do olhar e da partilha em comunidade”, e acrescenta que “com esta curta formulação podemos fazer uma tentativa de introduzir o leitor ao sentido festivo de um conjunto de iniciativas promovidas pela autarquia de Castelo Branco neste final de setembro e que durarão um mês”.
Por outro lado, é avançado que a iniciativa “é o resultado correspondente a um desafio lançado pelo presidente da Câmara de Castelo Branco a um grupo de fotógrafos locais, que canalizou a sua energia para a construção de um programa abrangente, multifacetado e aglutinador de sensibilidades e experiências fotográficas. Dezenas de colaborações resultaram num conjunto de quatro exposições, um encontro/conversa, sessões pedagógicas e visitas com oficina”.
O programa tem início às 10 horas, na antiga Sicofato, na Alameda do Cansado, com a inauguração de uma coletiva de fotografia, para a qual dezenas de fotógrafas/os da região, das mais variadas abordagens técnicas, artísticas e com diferentes níveis de maturação e evolução, foram convidadas, para expor um número limitado de fotografias. A antiga fábrica, vai ser transformada na Fábrica da Criatividade, um projeto da edilidade, que será também ele desvendado através de alguns painéis que permitirão ao visitante conhecer o futuro do espaço. Esta exposição é um mosaico representativo de algum do trabalho que muitos desenvolvem hoje, neste território, retratando-o, comentando, interpelando o olhar e os sentidos.
Às 11 horas, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior realiza-se uma homenagem a António Duarte Costa e a inauguração de uma exposição de fotografia.
A organização recorda que “António Duarte Costa documentou laboriosamente centenas de acontecimentos sobretudo nos anos 60 e início de 70 do século passado. Estes negativos são um registo muito importante do que foi a cidade nesse período. O filho, José Costa, Carlos Matos e Henrique Trindade fizeram um trabalho de seleção e preparação para impressão daquela que vai ser a exposição patente no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior. Acontecimentos como a inauguração do Palácio de Justiça, da Igreja de S. José Operário, cortejos de oferendas e a visita de Américo Tomás são apenas alguns dos que estão salvaguardados através da lente e do olhar de António Costa. Um encontro com a memória e os facilitadores da mesma, através da fotografia”.
O programa continua às 12 horas, no antigo edifício dos CTT, no Largo da Sé, com a inauguração de uma coletiva dedicada a João Roiz de Castelo Branco e Paisagens de Regresso – Viagem Breve à Beira Baixa.
No que se refere à exposição coletiva, “convocamos a memória, em estreita ligação com as comemorações dos 500 anos da morte do poeta João Roiz. A partir de uma matriz de afetos, percursos e geografias apresentada pelo também poeta António Salvado, um grupo de fotógrafos trabalhou um conjunto de imagens que procuram responder a um possível imaginário visual de João Roiz de Castelo Branco”.
Já em relação a Paisagens de Regresso – Viagem Breve à Beira Baixa, a organização adianta que “muitos conhecem o trabalho de Duarte Belo através do livro Portugal – O Sabor da Terra, contudo essa é apenas uma pequena parte da obra deste arquiteto de formação nascido em 1968. Desde 1989 que expõe individualmente e está representado em coleções em Portugal e no estrangeiro. O convite a Duarte Belo para expor neste Luz do Instante, tem um motivo cristalino: o autor tem um conjunto notável de fotografias da Beira Baixa e propõe nesta exposição mostrar algumas”.

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