Joaquim Martins
OS DEUSES DO OLIMPO
OS DEUSES DO OLIMPO descobrem o Brasil – As imagens que nos chegam espantam e encantam. É um mundo novo. Tudo é grande e maravilhoso. Como a cidade. Como o calor do acolhimento brasileiro. Do tamanho da ambição de receber e deslumbrar.
O Brasil lutou para conseguir os Jogos. Para poder provar a sua capacidade de realização. O seu dinamismo. O seu salto em frente no caminho do desenvolvimento e do progresso. Foi um desafio enorme para um País em crise, abalado pela corrupção e com graves problemas sociais e políticos. Muitos vaticinaram que não iria conseguir. Que nada estaria pronto, a tempo. Enganaram-se!
O Rio transfigurou-se para receber os Jogos. Para poder acolher os atletas na aldeia (?!) olímpica. Para ter prontos os cenários das várias provas. Para deslumbrar na abertura. Conseguiu.
Foi magia pura. A magia da cor. Da luz. Da harmonia. Do movimento. Da técnica.
E os jogos aí estão. A inundar-nos de imagens. Imagens de um mundo diferente. De um mundo em que todos sonham superar os seus limites. De um mundo, onde não há inimigos. Há adversários que se respeitam. De um mundo, onde, quer as lágrimas quer as explosões de alegria, merecem aplauso e admiração.
O Mundo está de olhos postos no Brasil. Nos jogos do Rio. Que merecem ter sucesso e contribuir para a paz social no País. “O desporto tem o poder de superar velhas divisões e criar o laço de aspirações comuns” – disse e demonstrou Nelson Mandela.
Emociona que um grupo de refugiados possa ter sido acolhido, sob a bandeira dos anéis olímpicos. É um gesto para obrigar o Mundo a olhar o drama dos refugiados. Dos apátridas. E uma forma de afirmar um dos princípios do Olimpismo: A não discriminação de atletas.
Deus queira que os deuses do Olimpo desportivo permitam ao Brasil a trégua indispensável para superar a guerrilha politica e ganhar a luta contra a corrupção e a pobreza. O Brasil merece!