NO CONGRESSO DISTRITAL EM VILA VELHA DE RÓDÃO
Socialistas recordam obra feita e criticam ex-Governo PSD-CDS/PP
A Casa das Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, acolheu, sábado, o 17º Congresso Distrital do Partido Socialista (PS), com Luís Pereira, como anfitrião, a presidir à mesa.
A moção que Hortense Martins, recém-eleita presidente da Federação Socialista, levou ao Congresso, intitulada Compromisso e Confiança, foi aprovada por larga maioria e sem votos contra.
Na apresentação da moção, Hortense Martins lembrou as marcas do PS no Distrito de Castelo Branco, dando como exemplos o Regadio da Cova da Beira, a instalação do gás natural, a eletrificação da Linha da Beira Baixa; a Autoestrada da Beira Interior sem portagens, a requalificação do IC8, a Faculdade de Medicina da Beira Interior; as intervenções do Programa Polis em Castelo branco e na Covilhã, lembrando ainda o “ataque brutal” do Governo PSD/CDS com o propósito de “desmantelar o projeto de desenvolvimento do Distrito”.
No que respeita às marcas do Governo PSD/CDS no Distrito de Castelo Branco, também são consideradas claras, sendo avançados exemplos como a limitação do acesso à saúde, com cinco mil utentes sem médico de família; a redução dos apoios sociais, nos quais mais de duas mil famílias deixaram de receber o Complemento Solidário); os 10 mil habitantes que deixaram o Distrito, nos últimos quatro anos; a eliminação dos benefícios fiscais às empresas; e interrupção e posterior suspensão do projeto da Barragem do Alvito; e a anulação das obras programadas, em relação à Educação.
Para os socialistas esta situação e o tempo novo que o País vive vão exigir novos desafios ao PS. Desde logo o empenhamento na execução do Programa de Governo, a preparação das próximas eleições Autárquicas e o fortalecimento do Partido.
Os congressistas manifestaram o seu apoio à moção e ao Programa de Governo, congratulando-se com o que já feito nos primeiros 100 dias e com a atenção dada aos problemas do Interior, de que a nomeação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior é visto como um sinal claro.
As políticas do Governo colheram apoio unânime, tendo sido assinalado que António Costa “já demonstrou ser possível fazer diferente, que há alternativas viáveis para relançar a economia, aumentar os rendimentos e manter contas publicas sustentáveis”.
Assinale-se que o tema da regionalização surgiu no Congresso pela voz de Fernando Serrasqueiro, que lembrou o contrassenso de se estar num Congresso Federativo Distrital, quando já não há distritos. Defendeu que só devia haver uma Comunidade e que era tempo de avançar para a eleição dos organismos regionais.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, presidiu ao encerramento do Congresso.