NO CENTRO DE CULTURA CONTEMPORÂNEA
Corpo e Fisicalidade em exposição
There is no why, There is no I – Corpo e Fisicalidade na Coleção Norlinda e José Lima é a exposição que está patente no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), desde segunda. Esta é a quinta exposição que este espaço cultural acolhe, sendo a segunda que conta com obras da Coleção Norlinda e José Lima.
Na inauguração, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, realçou que com a inauguração da mostra “terminamos o dia 25 de Abril depois de muitas ações e nada melhor que depois de desta avalanche de eventos, inaugurar esta exposição”.
Luís Correia aproveitou ainda a ocasião para avançar com a ideia de uma geminação entre Castelo Branco e São João da Madeira (ler notícia). Um desafio a que o autarca de São João da Madeira, Ricardo Figueiredo respondeu afirmativamente.
Ricardo Figueiredo realçou que “esta cidade e o seu presidente surpreende-nos sempre, pela forma como nos recebem”.
De seguida referiu que a Coleção de Norlinda e José Lima “é muito vasta, diversificada, eclética, o que permite diversas declinações”, acrescentando que “podemos observar, nesta exposição, à luz da liberdade, do progresso, como o 25 de Abril foi uma revolução centrada no Homem”, para concluir que “esta exposição é também centrada no homem e na mulher”.
Por seu lado, José Lima realçou que, “para um colecionador, o que é importante é expor aquilo que tem”, apara mais à frente avançar que “a arte, a geminação, a amizade. Tudo isto faz parte da cultura de um povo, de um país”, concluindo que “isto augura algo de bom”.
Coleção tem características
que a tornam “quase única”
Setenta e sete obras da coleção privada de arte contemporânea Norlinda e José Lima estão em exposição, desde segunda-feira, no CCCCB. Trata-se da exposição There is no why, there is no I que está patente ao público até 30 de outubro.
“Desta vez abordamos a coleção Norlinda e José Lima sob o tema do corpo e da fisicalidade. Interessa-nos não apenas refletir sobre o corpo, o aspeto físico do corpo, mas também sobre as ações que são realizadas sobre o corpo”, explicou a curadora da exposição Raquel Guerra.
A mostra, que está organizada por núcleos, sempre dentro do tema corpo, apresenta 77 obras de 57 artistas, entre pintura, escultura, fotografia, desenho e vídeo.
“Há muita diversidade de estética e práticas artísticas. Todas as obras expostas têm a sua importância na exposição”, disse.
A coleção privada de arte contemporânea Norlinda e José Lima é uma das maiores do País, com cerca de 1.100 obras inventariadas que se encontram no Núcleo de Arte da Oliva Creative Factory, em São João da Madeira, fruto de um protocolo entre os colecionadores e a câmara local.
Segundo Raquel Guerra, a coleção tem características que a tornam “quase única” no contexto do colecionismo privado português, não só pela sua dimensão, como também pelo marco temporal alargado que se estende desde o período do final da II Guerra Mundial até hoje.
“A maioria das coleções (privadas) foram iniciadas a partir da década de 90. José Lima recuou e temos obras referentes às décadas de 50 e de 60, o que a torna muito especial”, explicou a curadora.
Além disso, adiantou ainda que a maioria dos colecionadores nacionais centram as suas coleções em autores portugueses, sendo que esta tem obras de artistas oriundos dos cinco continentes.
“A coleção tem muita diversidade de práticas artísticas e de artistas. É muito completa e eclética”, adiantou.
AT e CC