UNESCO APROVA CANDIDATURA DO TEJO INTERNACIONAL A RESERVA DA BIOSFERA
Quercus satisfeita com aprovação, alerta para problemas
A associação ambientalista Quercus manifestou a sua satisfação com a aprovação da candidatura do Tejo Internacional a Reserva da Biosfera por parte da UNESCO, mas alertou para os “graves problemas” que o parque enfrenta.
“É bom para Portugal. Reconhece a importância do nosso património natural e da nossa biodiversidade, mas é também um aumento da responsabilidade, porque estes galardões implicam uma gestão ativa”, disse Samuel Infante, da Quercus.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) aprovou sábado, em Lima, no Peru, a candidatura apresentada por Portugal e Espanha do Tejo/Tajo Internacional a Reserva da Biosfera.
Contudo, o ambientalista sublinha que o Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI) enfrenta “graves problemas” de conservação da biodiversidade para os quais, a própria Quercus tem vindo a alertar e que é preciso resolver.
Samuel Infante dá como exemplo os casos de “perturbação” causados pela navegação no Rio Tejo, envenenamentos e mesmo as construções ilegais no interior do parque.
“Temos o exemplo da questão da navegação que já está a ter bastante impacto na cegonha preta que é o símbolo do parque. Se temos pessoas que procuram a área para ver esta biodiversidade e se lá chegam e algumas dessas espécies não existem, podemos estar a dar um tiro nos pés”, adiantou.
Apesar de tudo, realça que a aprovação desta candidatura pelo Comité de Coordenação Internacional do Programa Científico O Homem e a Biosfera (Man and Biosphere – MAB), “é muito positiva” e pode ser “uma mais-valia” em termos da região, sobretudo, para a promoção do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI) como destino turístico de natureza.