BIENAL DO AZEITE
Venha a internacionalização
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Local, Capoulas Santos, teceu elogios à Bienal do Azeite e à sua organização, pela dimensão que já assumiu a nível nacional, para falar numa “futura bienal internacional”.
A afirmação foi feita sexta-feira, na inauguração da quinta edição do certame, que decorreu até domingo, no centro cívico de Castelo Branco.
Capoulas Santos chegou a Castelo Branco depois de uma viagem na Linha da Beira Baixa, no Comboio do Azeite, entre as estações de Santa Apolónia, em Lisboa e Castelo Branco.
Já na cidade visitou o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) e a Central Meleira/Melaria, antes da inauguração da Bienal do Azeite.
Na abertura do certame, o presidente da Câmara, Luís Correia, realçou que “este é um momento importante para nós. É mais um passo na caminhada que estamos a fazer no apoio à economia, à atividade económica, nomeadamente no setor agroalimentar”.
Um setor em relação ao qual Luís Correia realçou o que tem sido feito pela autarquia, para de seguida falar na importância da “atração de empresas”, sublinhando que “temos tido capacidade de intervir sempre que há possibilidade da criação de postos de trabalho”, concluindo que “não nos queremos substituir à atividade económica, mas ser um foco facilitador”, porque “sabemos que é fundamental, para uma região como esta, criara postos de trabalho, para fixar as pessoas”.
Uma matéria em que Luís Correia realçou que “não basta este esforço interno. Precisamos que o Governo tenha outra forma de olhar para o Interior” e aproveitou para afirmar que “temos grandes expectativas com a criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior”.
Na resposta, Capoulas Santos começou por destacar “a magnifica viagem de comboio, que nunca tinha feito e me deixou fascinado”, para avançar que, “nestes dias, Castelo Branco é a capital nacional do azeite, que é um produto que praticamente acompanha a humanidade, desde que o Homem se tornou sedentário, sendo um produto reconhecido pelas suas qualidades o que tem feito aumentar a sua procura”.
Capoulas Santos recordou que “em Portugal, durante anos, assistimos ao declínio desta cultura, mas o azeite venceu e tem vindo a impor-se nos últimos anos e tudo aponta para um crescimento do consumo e também da produção”, não perdendo a oportunidade de realçar que, “hoje, Portugal, produz 100 por cento das suas necessidades em azeite. É autossuficiente”.
O ministro da Agricultura realçou, também, que “é preciso produzir, produzir bem e, para isso, são necessárias infraestruturas e também é necessário inovar, transformar, introduzir valor acrescentado”, terminando com um elogio à Câmara de Castelo Branco pela “sua aposta no agroalimentar, pelo esforço que tem feito”.
António Tavares