TODOS OS PRESIDENTES VÃO SER RECONDUZIDOS
PS e PSD mantêm câmaras no Distrito
As eleições Autárquicas no Distrito de Castelo Branco não trouxeram surpresas de maior. Desde logo, porque todos os presidentes se recandidataram e venceram, pelo que para os próximos quatro anos não haverá mudança de caras nas câmaras do Distrito, sendo que a maioria, sete, continuam nas mãos do Partido Socialista (PS), enquanto as restantes quatro se mantêm nas mãos do Partido Social Democrata (PSD). Ou seja, o Distrito de Castelo Branco continua a ser predominantemente rosa.
Um dado relevante é que de 2013 para 2017 o Distrito perdeu qualquer coisa como 10.436 eleitores, ao descer de 186.284 para 175.848.
No Concelho de Belmonte o PS volta a vencer, com António Dias Rocha, que vai para o segundo mandato como socialista, mas que já tinha sido presidente da autarquia pelo PSD.
Mas isto com uma diminuição de mandatos por parte dos socialistas que baixam de quatro para três. Em 2013 a lista independente Pessoas pelo Concelho, encabeçada por Jorge Amaro, alcançou um mandato, mas este ano, dos cinco mandatos, além dos três do PS, os outros dois foram para o PSD-MPT, da lista encabeçada por Amândio Melo que, recorde-se, já foi presidente da Câmara de Belmonte pelo PS.
Na capital de Distrito, Castelo Branco, o PS, com Luís Correia, mantém a maioria, mas com uma margem menor que a alcançada em 2013. O PS dos 61,87 por cento de votos desceu para 58,75, enquanto em trajetória inversa o PSD,com a lista liderada por Carlos Almeida, passou de 20 por cento para 23,28 por cento.
Devido à redução de número de eleitores, a Câmara de castelo Branco, que era a única do Distrito de Castelo Branco que tinha nove mandatos, passou para sete. Resultado disso, o PS em vez de sete tem agora cinco mandatos e o PSD mantém os dois que já tinha.
Na Covilhã, o PS, com Vítor Pereira, consolidou a maioria, já que dos 37,51 por cento de votos passou para 46,41 por cento, sendo que em matéria de mandatos subiu de três para cinco.
Mas neste concelho há novidades. O Movimento Independente de Novo Covilhã, encabeçado por Carlos Pinto que, recorde-se já esteve à frente da autarquia pelo PSD, conseguiu um mandato.
Por outro lado, o CDS/PP, com Adolfo Mesquita Nunes, conquistou também um mandato, tratando-se do único que esta força partidária tem no Distrito.
Paulo Fernandes e o PSD dilatam a maioria no Fundão, ao verificar-se uma subida de votos de 53,93 por centro para 55,17 por cento.
Mas o PS, com Joana Bento, também sobe o número de votos, ao passar de 26,01 por cento, para 28,79 por cento.
Mesmo com estas subidas não se verificam alterações nos mandatos de cada um dos partidos, com o PSD a continuar com cinco e o PS com dois.
Em Idanha-a-Nova, o PS e Armindo Jacinto continuam imbatíveis, apesar dos socialistas terem perdido votos, ao descer de 64,14 por cento para 61,81 por cento, enquanto o PSD subiu de 14,59 por cento para 20,91 por cento.
Dos cinco mandatos, três continuam no PS e os restantes dois no PSD, da lista de António Jorge Moreira.
Passando à Zona do Pinhal, em Oleiros, o PSD continua a ser o partido do poder, com Fernando Jorge a avançar para o segundo mandato.
PSD que regista uma subida de votos, ao passar de 52,41 por cento para 58,39 por cento, mantendo os três mandatos que já tinha.
Em 2013 os outros dois mandatos foram conquistados pela lista independente Mais Concelho de Oleiros, encabeçada por António Jorge Dias, sendo que este ano esses dois mandatos passam para o Nós, Cidadãos, que é encabeçada pelo mesmo António Jorge Dias.
Em Penamacor o socialista António Luís Beites Soares avan- ça para o segundo mandato, reforçando a maioria.
O PS, no que respeita a votos, sobe de 53,44 por cento para 65,41 por cento, o que faz que também aumente os mandatos de três para quatro.
Em 2013 o PSD-MPT tinha alcançado dois mandatos, mas este ano além dos quatro mandatos para o PS, o restante foi para os independentes Penamacor no Coração, encabeçados por Domingos Torrão, o qual, recorde-se, foi presidente da Câmara de Penamacor pelo PS.
O PS continua a ter uma lança na Zona do Pinhal, toda ela laranja, com a vitória de João Lobo, em proença-a-Nova. Relembre-se que em 2013 as eleições foram ganhas por João Paulo Catarino, mas com a renuncia deste, João Lobo assumiuo cargo e agora conquistou a vitória para o seu primeiro mandato completo, sendo de destacar que aumentou os votos de 72,77 por cento para 74,28 por cento.
O PSD também aumentou os número de votos de 19,08 por cento para 20,31 por cento, com a lista encabeçada por Helena Mendonça que, refira-se, antes de ser candidata pelos social democratas era vereadora no executivo camarário pelo PS, tendo depois renunciado ao cargo.
No que se refere a mandatos o PS mantém quatro e o PSD um.
Laranja continua o Concelho da Sertã, também na Zona do Pinhal, com José Farinha Nunes a manter a maioria, embora com uma perda de votos, ao descer de 61,61 por cento para 58,43 por cento. PSD que mantém os cinco mandatos.
Uma subida significativa foi a registada pelo PS, com a lista liderada por José Luís de Moura Jacinto. Nas eleições de domingo, no que respeita a votos, passou de 24,98 por cento para 33,47 por cento, embora mantendo os mesmos dois mandatos.
Ainda no Pinhal, em Vila de Rei, o PSD mantém e amplia a maioria absoluta. Em votos passa de 51,43 por cento para 59,70 por cento, o que implica que em termos de mandatos suba de três para quatro, com Ricardo Aires a assegurar o segundo mandato à frente da autarquia Vilarregense.
O PS, com Luís Santos, é que perde em toda a linha. Em votos baixa de 31,16 por cento para 27,98 por cento, enquanto de dois mandatos passa para apenas um.
Em Vila Velha de Ródão, o socialista Luís Pereira avança para o segundo mandato, sendo que na Câmara mantém os quatro mandatos que já tinha.
Em 2013 o PSD tinha assegurado um mandato, valor que se mantém inalterado com a lista do PS-CDS/PP encabeçada por Carlos Faria.
No Distrito de Castelo Branco os dois partidos mais votados, PS e PSD, tiveram resultados diferentes em termos de votos.
O PS registou um aumento, ao passar de 44,29 por cento, para 47,31 por cento, embora mantendo as mesmas sete câmaras que já detinha.
Por seu lado, o PSD sofreu uma queda, ao baixar de 27,32 por cento, para 23,32 por cento, mas mantendo as quatro câmaras que já liderava.
Outro dado relevante nas eleições Autárquicas de domingo é que resultante do número de eleitores, o Distrito perdeu dois mandatos, passando de 65 em 2013, para 63 em 2017. É ainda que destacar que já nas Autárquicas de 2013 tinha havido uma redução de mandatos, uma vez que em 2009 eram 69.
No que respeita a mandatos, tanto o PS como o PSD registaram perdas, com os socialistas a descer de 35 para 34 e os social democratas de 22 para 20.
De recordar ainda que em 2013 os grupos de cidadãos conseguiram cinco mandatos, a CDU um e o PSD-MPT dois, enquanto este ano os grupos de cidadãos conquistaram dois mandatos, o CDS/PP um, o PSD-CDS/PP dois, os independentes dois e o PSD-MPT dois. Ou seja, em termos de forças partidárias a CDU perdeu o único mandato que tinha, enquanto o CDS/PP conseguiu conquistar um mandato.
Quanto à abstenção é relevante o facto de ter registado um ligeiro decréscimo, ao diminuir de 42,20 por cento para 39,47 por cento.
António Tavares