17 de janeiro de 2018

Joaquim Martins
Apontamentos da Semana...

Vender a alma ao Diabo – Após as eleições no PSD, ficámos a saber que há quem defenda que o partido “deve vender a alma ao Diabo para pôr a esquerda na rua”( Manuela Ferreira Leite, em entrevista à TSF, na segunda-feira). A apoiante de Rui Rio foi mesmo mais longe, reiterando que “é bom vender a alma ao Diabo para pôr a esquerda na rua”.
Não sendo possível, neste espaço, aprofundar o conceito, vou simplificar e tecer breves considerações. A expressão costuma ser usada para caraterizar quem é capaz de usar qualquer meio, seja ou não legítimo, seja ou não moralmente aceitável, para atingir determinado objetivo. Ou, dito de outra forma, quem é capaz de vender a alma ao Diabo, para obter o que pretende, é alguém para quem os fins justificam os meios… No caso, é alguém que quer para o seu partido, o PSD, o PODER, a qualquer custo… Para distribuir rendimentos aos Portugueses? Para acabar com a pobreza? Para reinventar um país novo, justo e solidário? Não, não e não. Apenas para retirar a esquerda do poder. Ou, em termos mais precisos, para libertar (!) o PS dos braços do Bloco e do PC.
É verdade que, nos últimos dois anos, vivemos sob a ameaça permanente da chegada do Diabo. Que iria afundar o País. Reduzir o País à miséria. Enterrá-lo ainda mais no lixo. Obrigá-lo a mendigar a chegada redentora de uma nova Troica e da Direita benfazeja.
Tal não aconteceu e o País, não só escapou à ameaça, como recuperou a confiança em si mesmo, o respeito internacional e até a confiança dos mercados. Ou seja, o Governo, apesar de uma Geringonça, tipo papão assustador, mostrou ser suficientemente competente para corrigir injustiças, aumentar os salários e alterar o rumo da nossa economia que volta a crescer e a criar emprego.
Esperar-se-ia que os profetas da desgraça, reconhecido o engano e escolhido o novo líder, manifestassem uma real vontade de mudança e superassem os seus próprios medos. Seria bom para o sistema democrático e para o País.
O novo líder vai ter que lutar contra vários fantasmas e restaurar o bom senso.
É que, as novas políticas de que o País precisa, carecem de consensos alargados. Carecem do contributo e da imaginação de todos os partidos.

17/01/2018
 

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