Editorial
Esta terça-feira a Gazeta do Interior chega às bancas no dia em que é comemorado o Dia do Trabalhador, que em Portugal, bem como em toda a Europa, é assinalado no dia 1 de maio, sendo que noutros países o é em datas diferentes.
O Dia do Trabalhador ou Dia Internacional dos Trabalhadores tem a sua origem no dia 1 de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos da América (EUA), quando mais de meio milhão de trabalhadores saiu à rua, para exigir a redução do dia de trabalho para oito horas. Uma manifestação pacífica que, no entanto, acabou em confrontos com a polícia, que resultaram em morte, feridos e detenções.
Mesmo assim os trabalhadores não desistiram e continuaram a luta, que acabou por dar resultados três anos depois, em 1889, quando o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, França, decretou o primeiro dia de maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores.
Portugal também passou a assinalar o Dia do Trabalhador, embora as comemorações tenham sido interrompidas durante a ditadura do Estado Novo. Mas, logo após o 25 de Abril de 1974, as comemorações regressaram com a democracia.
Assim, nos últimos 44 anos o Dia de Trabalhador é um dia de festa, que é utilizado para se afirmarem os valores do sindicalismo.
Um pouco por todo o País as atividades sindicais multiplicam-se, não faltando a música e outras iniciativas, mas sempre com a garantia que as intervenções sindicais também não faltam à chamada, porque continua a luta interminável pelos direitos e garantias, com o patronato de um lado e os trabalhadores do outro. Afinal essa acaba por ser a essência do mundo laboral, enquanto existirem patrões, de um lado, e trabalhadores humanos, do outro.