ANTÓNIO FERNANDES JÁ FOI EMPOSSADO COMO PRESIDENTE
Politécnico “necessita de uma mudança estrutural clara e objetiva”
António Fernandes já é o novo presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) depois de na passada quinta-feira, 10 de maio, se ter realizado a tomada de posse.
Uma cerimónia em que o presidente do Conselho Geral do Politécnico, Vítor Santos, começou por felicitar o agora ex-presente da instituição, Carlos Maia, pelo “seu desempenho, desde 2009, num período difícil, pois foi o período pós crise económica e financeira”.
Isto, para de seguida fazer “uma saudação especial a António Fernandes” e realçar que o novo presidente tem pela frente “muitos desafios, diversificados e de natureza estrutural”.
Na hora da despedida da presidência do Politécnico Carlos Maia realçou que a passada quinta-feira era um “dia de extraordinária importância para a instituição, porque vamos iniciar um novo ciclo” e recordou que “passados dois mandatos e quase nove anos, muitas coisas mudaram, no Mundo, na Europa, em Portugal, no Politécnico”.
Carlos Maia, num discurso de agradecimento a todos os que o acompanharam destacou ainda alguns pontos que considera importantes, como o facto do Politécnico em setembro de 2009 ter 24 por cento do corpo docente doutorado, sendo que, atualmente, essa percentagem está em 75 por cento.
Por outro lado, sublinhou que o Politécnico tem, atualmente, alunos de todo o País e ilhas, contando com estudantes de 38 nacionalidades, de quatro continentes; não perdendo a oportunidade de frisar que “desde 2013 temos aumentado o número de alunos que procuram o Politécnico”.
Já como presidente da instituição, António Fernandes falou no programa de ação Ousar evoluir. Nova Dinâmica, com o qual se candidatou para a presidência para os próximos quatro anos, garantindo que “prometo humildade perante os novos e complexos desafios. Humildade para aceitar toda a inspiração de todos os membros do Conselho Geral, de todos os docentes e trabalhadores não docentes, dos estudantes e dos parceiros do IPCB”.
Referindo-se aos mandatos de Carlos Maia, do qual foi vice-presidente, realçou que “em tempos particularmente difíceis foi possível crescer em diferentes contextos”.
Quanto ao programa que agora vai desenvolver, garante que “é mm programa de inclusão, proposto com ambição e estratégia”, apara adiantar, mais à frente, que “foca-se em três questões centrais que identifiquei e que mencionei no diagnóstico institucional que apresentei ao Conselho Geral”, apontando a “sustentabilidade demográfica, a sustentabilidade financeira e o desajuste de escala”.
Para António Fernandes “é preciso apostar na qualificação necessária e o IPCB estará para responder aos desafios da Região e do País”.
No que se refere à sustentabilidade financeira, que considera “algo muito preocupante; defendeu que “urge reclamar modelos de financiamento mais adequados e justos para a instituições de Ensino Superior, principalmente as que sofrem da interioridade, com todos só condicionalismo sobejamente conhecidos, mas que, simultaneamente, têm um papel positivo absolutamente determinante na vida das regiões onde estão inseridas”. Tudo, para adiantar que “caberá, no entanto, também ao IPCB promover as mudanças estruturais internas indutoras a uma instituição mais capaz e melhor preparada. Não podemos resistir à tentação interna de adiar a resolução dos problemas”.
Já na área do desajuste de escala quer “aperfeiçoar a coordenação de horários e turmas que vise melhorar níveis de eficiência, designadamente no que se refere à carga horária de docentes ou recursos técnicos usados”.
Em matéria de estratégia António Fernandes quer “promover o efeito sinergético de cooperação institucional unindo esforços pela Região”, uma vez que considera “essencial reforçar a ligação ao tecido empresarial e institucional, apostando em iniciativas conjuntos no ensino, investigação prestação de serviços, eventos culturais, artísticos, desportivos, tecnológicos, que melhorem a dinâmica de atração e fixação de jovens e técnicos qualificados na Região”.
Para António Fernandes o Politécnico “necessita de uma mudança estrutural clara e objetiva que melhore os níveis organizacionais de eficácia e eficiência, garantindo a articulação e complementaridade entre áreas do conhecimento e a otimização de recursos”, sendo que, “simultaneamente, devem ser adotadas estruturas administrativas menor hierarquizadas, mais simples e flexíveis, baseadas em modelos que permitam a responsabilização pela obtenção de resultados”.
Na tomada de posse ficaram também a ser conhecidos os dois vice-presidentes para o quadriénio 2018-2022, que são Nuno Castela, para a área académica, plataformas informáticas e desenvolvimento internacional, e Luís Pinto de Andrade, para a investigação, prestação de serviços, criação de valor e compromisso com a sociedade.
Por outro lado, Maria Eduarda Rodrigues continua como administradora do Politécnico e dos Serviços de Ação Social.
António Tavares