SEMANA INTERNACIONAL DA FLORESTA
Econtigo Ecomtodos leva mensagem à Escola Amato Lusitano
A Escola Secundária Amato Lusitano (ESAL) de Castelo Branco recebeu, na passada segunda-feira, 25 de março, o projeto Econtigo Ecomtodos. Assim, o auditório deste estabelecimento de ensino foi o palco escolhido para assinalar o final da Semana Internacional da Floresta, que teve início dia 19 de março, na Escola Secundária de Loulé. Refira-se que a campanha, que teve como um das suas frases chave A floresta precisa da tua garra, determinação, sabedoria e confiança, teve como finalidade alertar a consciência dos jovens para a necessidade de preservar o recurso natural que é a floresta.
Na sessão, o diretor do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano (AEAL), João Belém, sublinhou que a atividade teve como objetivo “responder aos desafios que nos são apresentados”, no âmbito da defesa da floresta.
Um princípio que foi confirmado pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e de Conservação da Natureza, Célia Ramos, ao reforçar que “o propósito da ação é conversar sobre o território, a floresta”, tanto mais, realçou, que “o nosso território precisa de especialistas, porque 70 por cento do nosso território é floresta. Daí quão importante é a floresta para o nosso território e, daí a necessidade de especialistas”, de formas “a cuidar de uma forma especializada a floresta”.
Célia Ramos realçou depois que “o território tem valor, bem como que “o capital natural é um ativo que tem que ser mobilizado, que tem de trazer valor”.
A secretária de Estado abordou de seguida a distinção entre o valor, o custo e o preço, para avançar que “a floresta também tem um valor, um custo, um preço”, questionando “quanto é que estamos disponíveis para pagar, para ter uma floresta produtiva”.
Também presente na sessão, o secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, com o foco na Região destacou que “a floresta é, nestes territórios, importantíssima” e defendeu que “há duas questões que temos que ultrapassar. Uma são os incêndios. A outra é que somos, provavelmente, o país da Europa que tem mais área privada de floresta, o que origina alguns constrangimentos”.
João Paulo Catarino que no final da intervenção avançou que o principal objetivo é que “se tenha uma floresta cada vez mais limpa, mais resistente aos incêndios, mais resistente às alterações climáticas”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, também destacou a importância de “um tema como este, ligado ao ambiente”, que garantiu estar no centro das atenções da autarquia. Por isso, recordou que na passada sexta-feira, 22 de março, foi apresentado o Plano Municipal de Educação para a Sustentabilidade Ambiental do Município de Castelo Branco – PING PLOP – Comunidade Amiga da Sustentabilidade Ambiental (ler notícia), porque “há uma preocupação com todas as questões que têm a ver com o ambiente”.
Luís Correia relembrou, também, que Castelo Branco “é um dos primeiros 26 municípios que aderiu ao projeto ClimAdaPT”, ao mesmo tempo que “foi dos seis primeiros a fazer o calculo da pegada ecológica, sendo que estamos que nesta área estamos equiparados ao resto do País”.
O autarca afirmou que também foi feito o cálculo da bio-capacidade e, aí, estamos 80 por cento acima daquilo que é a média nacional, o que se deve aos muitos recursos que temos, desde logo a floresta”.
A sessão contou ainda com a apresentação de um vídeo, claro está, sobre a floresta e a importância da sua defesa, que antecedeu um período de perguntas e respostas, no qual os alunos tiveram a oportunidade de ver esclarecida qualquer dúvida por parte das entidades presentes.
António Tavares