AMBIENTE
Algas que cobrem o Tejo vão ser retiradas
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a acompanhar a situação no Rio Tejo, entre a Barragem de Cedilho, em Espanha, e a Barragem do Fratel, já em território português, onde nos últimos dias se formou um manto de algas com cerca de 60 hectares e vários centímetros de espessura, que deverá ser retirado nos próximos dias.
De acordo com Susana Fernandes, técnica da APA, o aparecimento destas algas no Rio prende-se com a falta de chuva, os baixos caudais do Tejo e um aumento de fósforo na água, o que leva ao desenvolvimento destas plantas. Embora não representem um risco para a saúde, as algas impedem a penetração da luz solar e deterioram a qualidade da água, pondo em risco a sobrevivência da fauna aquática.
Durante uma reunião no salão nobre da Câmara de Vila Velha de Ródão realizada dia 1 de abril, a propósito da visita da Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação ao Tejo, Susana Fernandes referiu que a APA “já está a acompanhar a situação”, tendo sido já identificadas as algas.
“Trata-se essencialmente de azola e lentilha de água, ambas plantas utilizadas na alimentação animal e sem toxicidade para o meio. Estão a ser efetuados contactos com a Confederação Espanhola do Tejo, no sentido de se poder dar início à retirada desta massa alga”, adiantou a técnica da APA.
O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, lamentou “o cenário desolador” que o Rio apresenta nessa zona, realçando que “apesar das melhorias alcançadas no Rio, noutros pontos, esta situação mostra que ainda há muito por fazer a montante de Vila Velha de Ródão”.