ESTA QUARTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO
HAL realiza primeiro implante de um CDI subcutâneo
O Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco é palco de uma estreia esta quarta-feira, 22 de janeiro. Pela primeira vez no Distrito de Castelo Branco é implantado um Cardioversor-Desfibrilhador Implantável (CDI) subcutâneo, um dispositivo médico da Boston Scientific, tecnologia que, explica o diretor do serviço de Cardiologia da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Francisco Paisana, tem como missão “prevenir a morte súbita”.
Francisco Paisana destaca que “o nosso centro está a funcionar há 16 anos e é a primeira vez que fazemos esta intervenção”, que sublinha que a mesma, até ao momento e em caso de necessidade, tinha de ser realizada em Coimbra.
Explica ainda que “vamos contar com um eletrofisiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o doutor Pedro Sousa, e com a ajuda de um anestesista, uma vez que se trata de um procedimento diferente do habitual, com uma tecnologia diferente”.
O doente que recebe o implante, segundo é avançado, é um homem de 49 anos, que apresenta manifestações de síncope e uma patologia potencialmente fatal por arritmias graves, que este aparelho deteta e trata através da administração de choques elétricos.
Francisco Paisana acrescenta que “trata-se de um CDI subcutâneo, diferente dos restantes uma vez que não é aqui necessário acesso vascular. Ou seja, o risco de complicações é mais reduzido, sobretudo de infeções e dispensando a utilização de raios X.”
Este é o primeiro aparelho do género a ser implantado em Castelo Branco, abrindo a porta a outras intervenções do género, pois Francisco Paisana frisa que “se houver mais doentes com indicação para esta tecnologia, passamos a dispor de know-how para o fazer. Até porque estes doentes são seguidos no nosso centro, nós já conhecemos a sua patologia e podemos atuar da melhor forma possível, isto para além da relação de proximidade”.