António Tavares
Editorial
O Jardim Episcopal, também conhecido como Jardim do Paço ou Jardim das Estátuas, é, sem margem para qualquer dúvida, um dos principais ex-libris de Castelo Branco.
Mandado construir por D. João de Mendonça, cerca de 1720, é considerado uma invocação do Paraíso na Terra e é visitado por milhares de pessoas, principalmente turistas, que apreciam a sua beleza e toda a simbologia que representa.
Em 2018 foi classificado como Monumento Nacional, em conjunto com o passadiço sobre a Rua Bartolomeu da Costa, adquirindo assim o mesmo estatuto que o Paço Episcopal já possuía.
Alvo de inúmeros estudos e livros, em 1967 atraiu também a atenção do poeta Albicastrense António Salvado, com a edição da obra Jardim do Paço. Após várias edições, a obra Jardim do Paço acaba de ganhar uma nova vida, ainda mais rica, a partir do momento que une a poesia de António Salvado, com a pintura do arquiteto, cenógrafo e pintor Albicastrense José Manuel Castanheira.
A nova edição de Jardim do Paço é, afinal, o exemplo de como diferentes artes, neste caso a poesia e a pintura, podem dar as mãos e projetarem-se ainda mais numa esfera cultural. Uma união cultural ainda mais ampla, a partir do momento que a poesia e a pintura, se unem em torno de outra arte, a arquitetura, no que respeita ao Jardim.
Motivo mais que suficiente para visitar ou revisitar o Jardim e apreciar a sua beleza, com a possibilidade de o fazer com o livro nas mãos, explorando a união entre as três artes.