Edição nº 1715 - 10 de novembro de 2021

António Tavares
Editorial

Agora é definitivo. Depois do Orçamento do Estado (OE) para 2022 ter sido chumbado na Assembleia da República, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu avançar com a dissolução deste órgão e marcar eleições Legislativas antecipadas para dia 30 de janeiro do próximo ano.
A crise política está instalada em Portugal. Resta saber com que custos. Sim, porque os custos desta crise serão elevados para o País, desde logo a começar pela imagem de estabilidade política que este tem que ter internamente, mas que é também de extrema importância a nível externo. Depois, há outros custos, onde surge à cabeça o custo da realização das próprias eleições.
Esta é uma crise que se poderá considerar desnecessária, sobretudo se se tiver em linha de conta que tem origem em interesses meramente político-partidários. A política, considerada algo nobre, mostra aqui a sua pior faceta, não cumprindo os seus objetivos. A meta da política é servir a causa pública, mas, aqui, está a servir os interesses político-partidários, ignorando, de uma forma atroz e egoísta, os principais interesses que são os do País e dos Portugueses. Tudo isto, num momento em que o País tenta reagir à pandemia de COVID-19 e em que as baterias deviam estar apontadas para a recuperação económica e social, que é determinante para o futuro de todos.
Se há culpados desta crise, é claro que há. São todos os partidos, sem exceção, que enveredaram por este caminho de se servir a eles, esquecendo os Portugueses, pelo que na campanha destas Legislativas têm a obrigação de explicar, muito bem, porque seguiram esta estratégia.
Resta esperar que os Portugueses façam o merecido julgamento na mesa de voto.

10/11/2021
 

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