Edição nº 1734 - 23 de março de 2022

LIVRO DA AUTORIA DE ANA SERRA LOURENÇO
Romance faz viagem pela violência doméstica

A noite onde me deixaste é o título do livro da autoria de Ana Serra Lourenço, que foi apresentado no passado sábado, 19 de março, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Este é o primeiro livro da autora, que nasceu em Castelo Branco, onde viveu e estudou até ao 12º ano de escolaridade, rumando depois para Coimbra, onde se formou em Direito e, atualmente, está a exercer em Lisboa. De qualquer modo, mesmo apesar da pandemia, realça que “regresso à cidade sempre que posso”.
Na apresentação do livro, Ruben Martins, que é amigo da autora, falou sobre esta, como sendo uma “fervorosa feminista”, para adiantar que naquele que é o seu primeiro livro, “um romance, fala na relação de Carolina e Pedro. Há romance, relação física, emocional. Carolina vai para casa, em teletrabalho, e aí começa a mudança”.
No seguimento desta apresentação, Jorge Marques, marido da autora, acrescentou ainda que “o livro é mais que um romance. Acaba por ser uma forma de nos transportarmos, de uma forma abstrata, para os pés de outra pessoa”.
Ana Serra Lourenço recorda que “o gosto pelos livros vem da altura em que nem sabia ler”, sendo que quando aprendeu “as bibliotecas tornaram-se a terceira casa”.
Avança que “a escrita surgiu mais tarde, a partir do 6.º ano” e revela que a “ideia do livro remonta a 2010, quando frequentava o 12.º ano”.
Com a ida para Coimbra, realça que “devido às exigências do curso deixei um pouco a escrita de lado”, mas com o confinamento originado pela pandemia de COVID-19, o livro começou a ganhar forma. Um livro para “aliar a escrita a estas causas (violência doméstica” e destaca que “não basta resolver no campo jurídico. Tem que ser antes, para que isso nem sequer aconteça”. Tanto mais, sublinha, que “todos podemos ser vítimas” e defende que “temos que tentar mudar esta realidade e perceber que o amor próprio é sempre a melhor solução”.
Acrescenta ainda que no livro se defende “um Mundo sem violência, com amor”, pelo que “temos que ser todos agentes de mudança”.
Por tudo isto, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, começou por elogiar “a coragem de nos apresentar um livro sobre uma temática que não é fácil, a da violência doméstica”.
Leopoldo Rodrigues que, mais à frente, frisou que “a violência doméstica é das mais difíceis de aceitar”, sem deixar de se referir “ao medo, à vergonha de a revelar”. Daí, que “tem vindo a aumentar o número de casos de violência doméstica”, para concluir que “este romance é um bom ponto de partida para refletir acerca desta temática”.
António Tavares

23/03/2022
 

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