António Tavares
Editorial
O Governo deu a conhecer o pacote de medidas de apoio às famílias para mitigar os efeitos da inflação.
Um pacote que inclui o pagamento, em outubro, de 125 euros por pessoa com rendimento bruto mensal até 2.700 euros, ao que se juntam 50 euros por criança/jovem, para todos os dependentes até aos 24 anos. Os reformados, também em outubro, receberão um suplemento extra equivalente a meio mês de pensão.
As medidas passam também por propor à Assembleia da República que o IVA da eletricidade baixe de 13 para seis por cento, a partir de outubro até dezembro de 2023.
Por outro lado, a transição para o mercado regulado do gás vai permitir um desconto de 10 por cento nas faturas.
Além disso, até final do ano vai estar suspensa a taxa de carbono e a devolução aos cidadãos da receita adicional de IVA nos combustíveis, o que permitirá uma redução significativa na hora de abastecer. Os preços dos transportes vão ser congelados.
O Governo vai também criar um travão à subida das rendas em 2023, limitando o aumento a dois por cento .
Vai igualmente propor à Assembleia da República o aumento de 4,43 por cento nas pensões até 886 euros, de 4,07 por cento entre 886 e 2659 euros e de 3,53 por cento noutras pensões sujeitas a atualizações.
Este é assim um pacote de medidas que será uma ajuda para os Portugueses enfrentarem a crise, mas que muitos dizem que já deveria estar no terreno, pecando por tardio.
E, claro está, há agora que ter a esperança que a crise não se agrave, caso contrário tudo isto não passará de um simples paliativo, que não impedirá que os Portugueses percam qualidade de vida e fiquem cada vez mais na cauda da Europa.