O SEMPRE – Movimento Independente, através da vereadora Ana Ferreira, apresentou na sessão pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 16 de setembro, duas moções, sendo ambas rejeitadas com três a favor do SEMPRE, três contra dos eleitos pelo Partido Socialista (PS) e a abstenção do vereador João Belém, da coligação do Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM).
Uma das moções defendia que a Câmara “desenvolva os procedimentos necessários, com vista a apoiar todas as pessoas que necessitem do apoio de instituições de apoio social, no Concelho de Castelo Branco, nomeadamente, através do pagamento mensal de 100 euros a pessoa em residência para pessoas idosas, 50 euros para pessoa em Centro de Dia e 65 euros para pessoa a receber Apoio Domiciliário”, adiantando estarem “disponíveis para considerar, em sede de elaboração do regulamento e respetivas regras, limites relacionados com os rendimentos”.
Já a outra moção apontava para que a Câmara “desenvolva os procedimentos necessários, com vista a apoiar os cuidadores informais, reconhecidos pela Segurança Social, residentes do Concelho de Castelo Branco, através de um subsídio mensal, correspondente a 50 por cento do apoio concedido pela Segurança Social” também aqui adiantando estarem “disponíveis para considerar, em sede de elaboração do regulamento e respetivas regras, outro tipo de apoios e/ou a rever a percentagem de apoio agora referido”.
Ainda antes da votação, o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues fez questão de afirmar que “o apoio aos idosos não é direto, mas funciona de forma direta”, uma vez que “há o apoio às instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e isso reflete-se nos utentes”, avançando também que “o apoio às IPSS é importante, porque responde às necessidades de apoio social no Concelho”.
Perante a rejeição das moções, Luís Correia, do SEMPRE, apontou “o erro grande e grave em relação a estas moções”, falando mesmo de “insensibilidade social. Estão a votar contra uma medida de apoio às famílias. Espero que não estejam a votar contra, só por serem moções apresentadas pelo SEMPRE”.
Pelo meio, Luís Correia fez ainda questão de “elogiar o apoio às creches e às refeições”, para reforçar que “não querem ir mais além no apoio às famílias”.
Na resposta, Leopoldo Rodrigues defendeu que o “apoio às criança e às creches tem que ser feito diretamente”, para destacar que “estamos a apoiar as instituições de solidariedade social e quando as apoiamos, apoiamos as famílias de uma forma mais célere”.
Intervenção a que Luís Correia retorquiu, ao afirmar que “defendem o apoio às famílias com crianças. Não apoiam as famílias que têm idosos”, com Leopoldo Rodrigues a garantir precisamente o contrário, pois “apoiamos as famílias que têm idosos”.
António Tavares

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