Edição nº 1781 - 22 de fevereiro de 2023

Movimento Idanha Viva mantém oposição ao IC31

O Movimento Idanha Viva afirma, em comunicado, que “foi com profunda consternação que os elementos do Movimento Idanha Viva tomaram conhecimento, através da Comunicação Social, do facto do Governo recuar na decisão anteriormente tomada e assumir agora a construção do IC31 em perfil de autoestrada” e avança que “o IC31, em nome de um modelo ultrapassado de progresso, é anunciado como uma forma de ligar e abrir o território, tornando-o mais permeável”, para defender que “em oposição a esta perspetiva, é convicção do Movimento Idanha Viva que a construção de uma via com semelhante porte e características apenas servirá para rasgar o Concelho de Idanha-a-Nova, um dos poucos em Portugal que não é fragmentado por grandes vias rodoviárias e que, também por essa razão, é único na sua riqueza natural, cultural e patrimonial”.
No comunicado é salientado que “o enorme potencial para o ecoturismo sustentável, até pela presença de Monsanto e Idanha-a-Velha, duas das 12 Aldeias Históricas de Portugal, as únicas em Idanha-a-Nova, está agora ameaçado. A construção daquela via irá contribuir para a delapidação do espaço natural, ao destruir e fragmentar a ecologia da região, levando ao desaparecimento de inúmeras espécies de fauna e flora de incalculável valor, incluindo espécies protegidas e em perigo, como o lobo ibérico (Canis lupus signatus) e o lince ibérico (Lynx pardinus), grandes áreas de florestas e habitats protegidos e prioritários de conservação, como os carvalhais de carvalho das beiras (Quercus pyrenaica), sobreirais e azinhais, galerias ripícolas entre outros”.
O Movimento Idanha Viva afirma que “reconhece, através dos seus próprios inquéritos, que uma parte da população local, que ouve falar da construção de uma nova via há décadas, acredita que a construção do IC31 será positiva para o município. Num país rasgado por autoestradas e IC, onde durante anos foi promovida a ideia de que o crescimento económico e a prosperidade local estão diretamente relacionados com a construção rodoviária, esta falsa promessa ainda encontra acolhimento junto de uma fatia da população. A construção do IC31 não vai melhorar o acesso a serviços, incluindo os de saúde, e diminuirá em apenas alguns minutos o trajeto até às cidades de Castelo Branco e de Lisboa. Tampouco irá melhorar as perspetivas económicas locais. Pelo contrário, Idanha poderá vir a juntar-se a outras áreas que foram sacrificadas para projetos de infraestruturas de grande escala. Uma nova infraestrutura rodoviária corre o sério risco de prejudicar a economia local, tal como aconteceu com a construção da A2 no Algarve, apesar de, na altura, o Governo asseverar que continuariam a receber tráfego; e a da A23, ao lado da qual a aldeia histórica de Castelo Novo e a cidade da Guarda agonizam; de contribuir ainda mais para a já tão acentuada desertificação na região”.
Por outro lado o Movimento recorda que “já publicou as suas 31 ideias em vez do IC31, essas sim, sugestões capazes de trazer novo fôlego à economia local e captar residentes e visitantes”.

22/02/2023
 

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