Edição nº 1793 - 17 de maio de 2023

Fórum Ibérico do Tejo distingue Adelaide Salvado

A geógrafa Adelaide Salvado, professora da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), foi homenageada no Fórum Ibérico do Tejo organizado pela Confraria do Tejo e pela Câmara de Vila Franca de Xira, reconhecendo o seu pioneirismo no estudo dos Avieiros e das religiosidades associadas ao grande rio ibérico.
Refira-se que é a Adelaide Salvado a quem se fica a dever a primeira investigação, com orientação do pai da geografia portuguesa, Orlando Ribeiro, sobre os Avieiros e a sua cultura, comunidade ancestrais piscatórias que viviam tradicionalmente nas margens do Tejo. Ameaçadas de extinção este peculiar viver tagano encontra-se em processo de patrimonialização daí a obra de Adelaide, Os Avieiros nos finais da década de cinquenta ser de um “valor inestimável para o conhecimento do passado destas comunidades” como referiu a organização.
O Fórum, que se realizou em Vila Franca de Xira, debateu os desafios de futuro da gestão integrada do rio ibérico chamando a atenção para a destruição dos seus ecossistemas “assumindo que o futuro tem de passar por um olhar holístico integrando todas as áreas de saber”.
Galopim de Carvalho, Jorge Paiva, Carvalho Rodrigues, Miguel Mendes-Cabeça foram, com a geógrafa Adelaide Salvado, outras das personalidades homenageadas pelo seu papel no estudo e na preservação futura deste traço de vida da Península Ibérica.
Adelaide Salvado que está a colaborar com a Câmara de Castelo Branco na preparação do Cruzeiro religioso de Nossa Senhora do Avieiros e do Tejo, que se estende por mais de 280 quilómetros e passa por três localidades espanholas antes de dar entrada em águas lusitanas no Concelho de Castelo Branco unindo culturas, considera que “deveria ser criado em Malpica do Tejo um espaço museológico dedicado ao rio como traço de união ambiental, cultural e identitário com a região e a cidade. A história da cidade prende-se ao Rio Tejo elemento fundamental da sua geografia identitária há milénios”. Acrescenta que “a nossa sustentabilidade futura passa por uma defesa acérrima do Rio que é estrada de vida, de certeza de renovação e não uma cloaca ou uma estrada deserto de resíduos nucleares ou outros. Se desejamos porvir sustentável que combate a desertificação ambiental temos o dever de sermos todos Tejo. Afinal a água é o sangue do futuro do Planeta”.

17/05/2023
 

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