Edição nº 1803 - 26 de julho de 2023

João Belém
ENVELHECER COM QUALIDADE…….

Na juventude deve-se acumular o saber. Na velhice fazer uso dele.
Jean-Jacques Rousseau

O Programa Nacional para a Coesão Territorial do Governo de Portugal tem como objetivo combater o despovoamento, envelhecimento e empobrecimento das regiões do interior do país.
Defende também que é importante definir e implementar medidas específicas e sectoriais, promover e valorizar os recursos endógenos, identificar e estimular projetos estruturantes, alinhar competências e investimentos, apostar no desenvolvimento económico inteligente e no reforço das atividades em rede.
Soubemos também que segundo uma sondagem de 9 de junho divulgada num órgão de comunicação social os portugueses confiam mais nos presidentes de Junta (70%) e nos presidentes de camara (65%) e é neste sentido que gostava de sugerir um cuidado mais profundo no setor da ação social deste município.
A Pordata divulgou recentemente que 23,4 % dos portugueses têm 65 anos ou mais (idosos), enquanto só 12,9 % estão entre os 0-14 anos (jovens).
Este desequilíbrio leva-nos a refletir no problema do Idadismo.
Idadismo é uma forma de discriminação ou preconceito baseado na idade, tanto para pessoas mais velhas (geralmente acima de 50 ou 60 anos) como para pessoas mais jovens (geralmente abaixo de 20 ou 30 anos).
Apesar de ser “transversal a todas as idades”, sabe-se que “acontece sobretudo em relação às pessoas mais velhas”.
Sendo o idadismo uma forma de discriminação baseada na idade, ela pode ocorrer em várias esferas da vida, incluindo nas cidades. A discriminação por idade pode manifestar-se de diferentes maneiras, como por exemplo, na falta de acessibilidade para idosos em edifícios e espaços públicos. Muitas vezes, as cidades são projetadas e planeadas para atender principalmente às necessidades de pessoas jovens e saudáveis, deixando de lado as necessidades das pessoas mais velhas.
Por exemplo, muitas cidades têm ruas estreitas e calçadas irregulares que podem dificultar a locomoção de pessoas com dificuldades de mobilidade. Muitos edifícios públicos e privados não têm acomodações adequadas para pessoas mais velhas, como instalações sanitárias acessíveis, assentos confortáveis e corrimãos em escadas e corredores.
Essa falta de acessibilidade e inclusão pode impedir as pessoas idosas de participarem plenamente da vida urbana e limitar seu acesso a serviços, locais de lazer e outras atividades.
Isso pode contribuir para a segregação e isolamento social das pessoas mais velhas, aumentando o risco de problemas de saúde mental e física.
Neste sentido é importante que as cidades levem em conta as necessidades e os desejos das pessoas de todas as idades na sua estratégia de planeamento e desenvolvimento. Isso pode e deve incluir melhorias na acessibilidade e infraestrutura, bem como programas e serviços que atendam às necessidades específicas das pessoas mais velhas, como transporte acessível, aulas de ginástica adaptadas e serviços de saúde e assistência social eficazes.

26/07/2023
 

Em Agenda

 
07/03 a 31/05
Memórias e Vivências do SentirMuseu Municipal de Penamacor
12/04 a 24/05
Florestas entre TraçosGaleria Castra Leuca Arte Contemporânea, Castelo Branco
14/04 a 31/05
Profissões de todos os temposJunta de Freguesia de Oleiros Amieira

Gala Troféu Gazeta Atletismo 2023

Castelo Branco nos Açores

Video