Edição nº 1815 - 25 de outubro de 2023

NA SESSÃO PÚBLICA DO EXECUTIVO
Escola de Chefes e construção de casas aquecem discussão

A Escola de Chefes/Centro de Estudos Gastronómicos esteve no centro das atenções na reunião pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 20 de outubro, depois da vereadora do SEMPRE – Movimento Independente, Ana Teresa Ferreira, ter abordado ao tema, ao recordar que “a 25 de novembro de 2021 a Escola de Chefes foi anunciada. Um ano depois a 28 de dezembro de 2022, falou no Centro de Estudos Gastronómicos”, para questionar como “se denomina, qual o nível de qualificação e qual o público-alvo”, pretendo também saber os motivos pelos quais ainda não avançou.
Na resposta, o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, perguntou a Ana Teresa Ferreira, como “arquiteta diga-me dois ou três projetos seus”, ao que a visada respondeu que “sou arquiteta, mas não exerço, porque estou em regime de exclusividade com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)”, revelando, no entanto, alguns projetos nos quais esteve envolvida.
Depois desta troca de palavras, Leopoldo Rodrigues avançou que “temos o projeto concluído. Estamos na fase de revisão do projeto” e relembrou que a Escola de Chefes/Centro de Estudos Gastronómicos será instalada na Rua de Santa Maria, numa casa que as traseiras dão para a Rua do Saco e que “será recuperada, porque está em estado de ruína”.
Perante esta resposta, Luís Correia, do SEMPRE, insistiu no tema, para que fosse esclarecido, ao referir que “Escola de Chefes é apenas um nome e um nome não nos diz nada. Deve esclarecer o que vai ser a Escola de Chefes, para se perceber o que se está a fazer, que qualificações serão atribuídas e quais os objetivos”.

A Estratégia Local
de Habitação
e as casas
Noutra matéria, o vereador eleito pela coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), João Belém, referiu-se à vinda da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, a Castelo Branco, dia 17 de outubro, para participar na cerimónia de assinatura do protocolo de colaboração/memorando de entendimento entre o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça e a Câmara de Castelo Branco, para a instalação do novo Tribunal Central Administrativo (TCA) do Centro, em Castelo Branco. Tudo para valorizar a instalação do Tribunal na cidade e chamar a atenção para o facto que “a Zona Histórica fica valorizada”, uma vez que vai ficar instalado num solar localizada na Rua de São Sebastião. E focado na Zona Histórica, João Belém aproveitou para destacar que “todo o processo de recuperação desta Zona está bastante atrasado, bem como a construção de 100 casas por ano”, avançando ainda que “o PSD há muito que insiste no arrendamento a preços acessíveis, bem como outras medidas para os jovens”.
No que respeita ao novo Tribunal, Leopoldo Rodrigues frisou que “há muito tempo que Castelo Branco não assistia a um ato simbólico tão importante. É a primeira vez na Região que temos um tribunal da relação, um tribunal superior”, com o qual também são alcançados mais dois objetivos, que são “a requalificação de um imóvel e a requalificação da Zona Histórica”.
Já no que respeita às casas, respondeu que “há muita demagogia no ar” e recordou que “o executivo entrou em funções sem haver uma estratégia local de habitação (ELH), entramos em desvantagem em relação a outros municípios”. Avança, no entanto, que “não ficamos quietos e levamos por diante a estratégia local de habitação, que vai ser apresentada aos órgãos deliberativos e executivos, para aprovação”.
Garantiu também que no respeitante às casas “estamos a trabalhar com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), para identificar terrenos da Câmara e contratualizar com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) a construção de casas” e reforçou que “podíamos já estar a construir, mas tivemos que partir do zero”.
A discussão do tema, contudo, não ficou por aqui, pois Luís Correia, do SEMPRE, fez questão de afirmar que “não havia ELH, mas já passaram dois anos. Já não devíamos estar no tempo de dizer brevemente. Já se devia estar a fazer” e reforçou que “havendo ou não ELH, prometeu 100 casas por ano, já se passaram dois anos, portanto já estão em falta 200 casas”. Luís Correia que rematou que “sabia as condições em que vinha”.
Intervenção a que Leopoldo Rodrigues respondeu que “é preciso algum descaramento na questão das casas, quando nos seus mandatos, que me lembre, não foi feita sequer uma”, reiterando que quando tomou posse nem sequer havia ELH.
Luís Correia voltou ainda a intervir, para destacar que Leopoldo Rodrigues estava errado, uma vez que quando esteve como presidente da Câmara “foram recuperadas as casas do Barrocal, ao lado da linha férrea”.

Obras da 1.º de Maio
elogiadas
A troca de galhardetes entre Leopoldo Rodrigues e Luís Correia esteve também presente nas obras recentemente realizadas na Avenida 1º de Maio, em Castelo Branco.
Com as obras como pano de fundo Luís Correia deixou “um elogia aos trabalhadores dos Serviços Municipalizados” e aproveitou para recordar que “conheço a equipa há 25 anos e, por isso, não me espanta a sua eficácia”.
Por seu lado, Leopoldo Rodrigues destacou que “era uma obra que há muito devia estar feira, porque visa corrigir problemas estruturais em obras anteriores”.
Intervenção que levou Luís Correia a defender que “a obra na Avenida 1,º de maio não avançou antes, porque antes de fazer isso era necessário fazer as obras na Avenida Afonso de Paiva e na Rua Conselheiro de Albuquerque. Essa obra era a seguir a estas”.
António Tavares

25/10/2023
 

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