O livro De Oleiros ao Tibete – a epopeia do Padre Jesuíta António de Andrade, de José Manuel Maia, é apresentado, na próxima sexta-feira, 8 de dezembro, a partir das 17 horas, no Espaço Multiusos das Devesas Altas, em Oleiros. A obra, com o prefácio do presidente da Câmara de Oleiros, Miguel Marques, ficará como legado para gerações atuais e vindouras e traz novas perspetivas ao conhecimento da figura maior da história Oleirense e do seu feito.
O autor, descendente do Concelho de Oleiros, concluiu o Ensino Primário na Escola de Vale do Souto, tendo aos 10 anos ingressado no Seminário de São José, em Alcains, e mais tarde no Seminário do Imaculado Coração de Maria, em Portalegre. Licenciado em História e mestre em História Marítima, é militar na Marinha Portuguesa e está a tirar o doutoramento em História Contemporânea, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autor de vários artigos e comunicações publicadas em revistas da especialidade e do recente livro Quando a eletricidade chegou à Marinha (1884-1918).
Segundo o autor, “ao lembrarmos António de Andrade o nosso pensamento direciona-se imediatamente para os Descobrimentos Portugueses (…) nascido na vila de Oleiros no ano de 1580, ficou imortalizado por ter percorrido terras desconhecidas dos europeus, vencendo com enorme sacrifício, não só os climas rigorosos dos desertos estéreis e gelados, como também a confiança dos naturais desses lugares. Fundador da primeira missão católica no Tibete, Andrade deixou nas suas cartas um precioso registo histórico, cultural, religioso e geográfico, da viagem que marcou o início do contacto humano e espiritual entre os europeus e o povo tibetano”.
Recorde-se que o acontecimento terá lugar no dia em que se celebra a padroeira de Oleiros, Nossa Senhora da Conceição, figura inspiradora na fundação da missão em Tsaparang. Esta é uma das iniciativas que integram a programação das comemorações dos 400 anos do Descobrimento do Tibete, as quais se têm desenvolvido desde o dia 30 de março deste ano, culminando na mesma data em 2024, ano em que se assinalam quatro séculos do início da primeira viagem do padre António de Andrade, tendo como destino o até então desconhecido Tibete.
A Marinha Portuguesa associa-se a esta efeméride e após a apresentação do livro, pelas 18 horas, terá lugar um concerto evocativo pela Banda da Marinha.

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