Edição nº 1851 - 3 de julho de 2024

INVESTIMENTO NA ORDEM DOS 12 MILHÕES DE EUROS
Ampliação da Beira Vicente tem interesse público

A Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou, por unanimidade, na reunião realizada na passada sexta-feira, 28 de junho, a declaração de interesse público da proposta da Beira Vicente, para ampliação da unidade industrial instalada em São Vicente da Beira.
Uma questão sobre a qual o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, explicou que a “Beira Vicente, as águas Fonte da Fraga já tiveram períodos difíceis, que punham em risco a viabilidade da empresa e a continuidade da exploração em São Vicente da Beira. Foram vendidas a um grupo chinês, o que não deu os resultados que se esperava viesse e dar e muito recentemente foram adquiridas por um novo grupo, do doutor Francisco Ferreira, um empresário de Vizela, que tem várias explorações de água em Portugal e uma quota de mercado bastante razoável”.
No seguimento dessa compra, avançou que “tivemos uma primeira reunião com este empresário em que ele se apresentou na Câmara e, por outro lado, apresentou o seu plano de desenvolvimento. Propunha-se ampliar a fábrica, porque a considera fundamental para a consistência e viabilidade do empreendimento”.
Assim, Leopoldo Rodrigues explicou que “quem está de frente para a fábrica comprou os terrenos com esse objetivo”, para logo de seguida falar nas “implicações”, apontando, por um lado, “a viabilidade económica, mas sobre isso a Câmara não tinha que se pronunciar, mas também sobre o impacto ambiental, porque implicava a construção de um aterro de cerca de 20 metros, com implicação na paisagem”.
Perante esta situação, “por sugestão minha, levantou-se a hipóteses de adquirir os terrenos do lado esquerdo. O que, obviamente tinha outras implicações. A primeira é que a estrada que faz a ligação entre o Casal da Fraga e a Senhora da Orada passa precisamente ao lado da fábrica”.
Leopoldo Rodrigues afirmou que “o doutor Francisco Ferreira olhou com interesse a possibilidade e passado algum tempo disse que já tinha comprado os terrenos”.
A partir daí realizaram-se “reuniões para perceber as implicações”, mais concretamente, “qual o traçado a levar por diante, para que aquela ligação, com uma carga sentimental muito grande por parte dos Vicentinos, a contento de todos”. Uma questão em relação à qual avançou que “na população uns são favoráveis, mas outros são mais renitentes, por não perceberem o projeto e o tipo de intervenção que iria ser feita”.
De qualquer modo, “já foi consensualizado entre o empresário e os serviços da Câmara o novo traçado”, bem como “já foi aprovada, em reunião da Junta de Freguesia de São Vicente da Beira e da Assembleia de Freguesia de São Vicente da Beira, a declaração de interesse público. E, na semana passada, foi também aprovada em reunião do executivo de Castelo Branco”.
Tudo isto, para questionar “o porquê da declaração de interesse público” e explicar que tal resulta de “ser um investimento numa freguesia do Concelho, porque é com este investimento que se viabiliza a existência daquela empresa e da sua atividade”, sendo que “também com o investimento de 12 milhões de euros, com esse investimento se aumenta o número de postos de trabalho”.
O autarca admite que “sabemos que temos ali algumas questões que podem ser sensíveis e, por isso, propus ao empresário, esta semana, fazer a apresentação desta intervenção à população”, o que não aconteceu por indisponibilidade de tempo do empresário. E com este pano de fundo defendeu “a apresentação à população, que deve ter conhecimento da implicação dos investimentos e de que forma valoriza as populações e o território. Uma intervenção que valoriza São Vicente da Beira, que cria postos de trabalho”.
Leopoldo Rodrigues explicou ainda a “urgência de aprovar a declaração de interesse público, porque o proprietário pode concorrer a um aviso que suportará uma parte importante do investimento”.
Na sessão da Assembleia Municipal ficou igualmente a saber-se que a atual estrada que passa ao lado da fábrica é um troço em propriedade privada, sendo que a nova estrada será feita pelo promotor que, depois, a pode ceder à Câmara.
António Tavares

03/07/2024
 

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