António Tavares
Editorial
A Internet é um mundo que tanto pode ser maravilhoso, como um inferno, dependendo da utilização que lhe é dada.
Pelo lado positivo está o fácil acesso a uma fonte de informação e conhecimento praticamente inesgotável, onde se pode encontrar tudo, claro está com os devidos cuidados, pois nem tudo, ou mesmo grande parte, pode não corresponder à verdade, desde logo porque muita informação não tem base oficial e fidedigna. E daí, a necessidade de se saber fazer pesquisas.
Na outra face da moeda, surge então o lado mau, com a desinformação que é um perigo para as pessoas e para a sociedade.
Pelo lado negativo surge também o facto de muitos se ocultarem atrás de nomes falsos, ou de identificações generalistas, no Facebook, por exemplo, para espalharem boatos, mentiras e transmitirem aquilo que não têm coragem de fazer dando a cara. Cobardes que usam o anonimato para lançar o caos e a controvérsia, com interesses muitas vezes obscuros.
Mas tudo depende da utilização que se dá a esta ferramenta tecnológica que, repita-se, pode ser boa ou má.
Em termos de utilização, e voltando à questão do Facebook, é incrível que haja mesmo entidades oficiais, como câmaras municipais que chegam ao absurdo de fazer o Facebook a sua página de contacto com os munícipes, veiculando ali a sua informação, que nem sequer aparece na sua página institucional oficial. Ou seja, algo incrível e inadmissível, porque uma página de uma qualquer rede social nunca poderá ser o principal e quase único meio de chegar aos munícipes que a elegeram e os quais devem servir. Afinal, um munícipe que eira manter-se informado deve ter essa informação numa página institucional e não numa rede social.