António Tavares
Editorial
Em 2025 os Portugueses estão de regresso às urnas, nas eleições Autárquicas, para eleger os seus representantes no poder local. Por sinal, um ato eleitoral que tudo indica será muito animado, porque, por exemplo, em muitas câmaras, como acontece na esmagadora maioria no Distrito de Castelo Branco, os atuais presidentes não se poderão recandidatar, por atingirem o limite de mandatos. Assim sendo, os novos candidatos terão de se dar a conhecer e apresentar as suas propostas para cativar os votos do eleitorado.
Apesar de ainda faltarem alguns meses para as eleições e dos candidatos ainda se manterem no segredo dos deuses, as movimentações políticas e partidárias começam a ganhar dimensão. Uma dinâmica que nos próximos meses, ainda antes da campanha eleitoral propriamente dita, terá, certamente, momentos políticos, por sinal quentes, num processo de contagem de espingardas.
Ou seja, a campanha eleitoral, não a oficial, mas aquela a que se assiste no terreno, já está aí e cada vez será mais presente.
Mas não só, algo que já se nota é que as autarquias começam a desdobrar-se no arranque de obras, para mais tarde as utilizar como argumento para cativar os eleitores.
Não resta a menor dúvida que as obras são importantes para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Só é de lamentar que em muitas situações os três primeiros anos de mandato sejam escassos nessa matéria, guardando-se tudo para a fase final, como se o mundo estivesse para acabar. Afinal já vai sendo tempo de terminar com a obra colada aos ciclos eleitorais, porque as pessoas têm necessidades todos nos dias, não apenas quando há eleições, mas, não há que escamoteá-lo, é nessa altura que é preciso captar votos.