Edição nº 1899 - 11 de junho de 2025

António Tavares
Editorial

O problema não é novo, mas os números, diga-se, sem rodeios, são assustadores. De acordo com o Portugal Balanço Social 2024, o País tem quase 1,8 milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social. Sim, 1,8 milhões, o que representa cerca de um quinto da população.
O relatório salienta que em 2023, Portugal “estava abaixo da média da União Europeia nos principais indicadores de pobreza, exceto na taxa de risco de pobreza”, para destacar que também em 2023, mesmo assinalando uma “trajetória positiva”, a realidade era que “taxa de risco de pobreza ou exclusão social é de 20,1 por cento”.
Os idosos, as pessoas com menos escolaridade e quem vive nas zonas rurais, bem como os imigrantes, integram os grupos mais vulneráveis deste problema.
Pobreza que não se verifica de igual modo em todo o País, pois, como o relatório refere, “a taxa de pobreza está quase oito pontos percentuais acima da média nacional nos Açores, a região com maior taxa de pobreza em Portugal, e quase três pontos percentuais acima da média nacional na Madeira e na Península de Setúbal”.
Esta é a realidade de Portugal um país da Europa em pleno século XXI, que obriga a uma reflexão sobre o que tem de ser feito para ultrapassar este problema, para que todos, sem exceção, tenham uma vida condigna.

11/06/2025
 

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