Proença-a-Nova
Recuperação da resinagem está em estudo
A Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus), defendeu, no passado dia 4 de junho, em Proença-a-Nova, a reativação do setor da resinagem e para isso, apresentou um programa de ação que quer ver integrado no Plano de Desenvolvimento Regional (PDR) 2014-2020.
“O programa foi enviado ao secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural em março deste ano e até hoje, não teve qualquer resposta. O objetivo é reativar uma produção que tem escoamento garantido e que presta um serviço público de enorme importância na defesa contra os incêndios”, referiu, Pedro Cortes.
O responsável da Resipinus, esteve presente numa sessão promovida pelo presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Paulo Catarino, e pela própria Resipinus que juntou meia centena de representantes de autarquias, produtores e indústrias. Durante os próximos dias, vai chegar ao Governo uma tomada de posição que propõe a recuperação da resinagem.
O objetivo é conseguir que esta atividade seja consagrada no próximo PDR, assumindo-se como um eixo estratégico de valorização do pinhal e de prevenção dos incêndios florestais. A proposta prevê a criação de núcleos de resinagem com cerca de 1.500 hectares, nos quais trabalhariam grupos de quatro resineiros, no mínimo.
Além da recolha de resina, esses grupos ficam obrigados a desenvolver atividades como silvicultura preventiva e vigilância, integrando o sistema municipal de defesa da floresta contra incêndios. João Paulo Catarino considerou a resinagem um contributo para “incentivar a regeneração do pinhal” e explicou que o objetivo seria constituir localmente um destes núcleos.
Por seu turno, Pedro Cortes, sublinhou que “a ideia é a partir daqui, os municípios, através da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), chamarem a atenção da ministra para o projeto e para a sua inclusão no PDR”.