EMERGÊNCIA MÉDICA INTRA-HOSPITALAR NA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE CASTELO BRANCO
Vieira Pires garante: “é uma Equipa de luxo”!
O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Vieira Pires, realça que a Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar (EEMI), que está em funcionamento há pouco mais de um ano “é uma Equipa de luxo”, desde logo pela mais-valia que representa.
A afirmação foi feita sexta-feira na apresentação da EEMI, que antecedeu um simulacro, realizado com o objetivo de dar a conhecer como esta funciona.
Vieira Pires explica que a EEMI é uma mais-valia, uma vez que “é uma grande vantagem ter em qualquer situação de emergência pessoas muito treinadas, porque fazem parte da Unidade de Cuidados Continuados Polivalentes (UCIP) desta casa, sendo a nossa elite”. Motivos que o levam a acrescentar que esta “é uma Equipa de luxo” e a sublinhar que a UCIP “foi sempre uma mais-valia”.
O presidente do Conselho de Administração avança ainda que “dentro do Hospital já divulgamos a nossa Equipa, para que as pessoas, quando estiverem numa situação de emergência, não fiquem ansiosas. É só chamar a Equipa”, o que pode ser feito através do número 7112. Uma informação que, de resto, está difundida por toda a unidade hospitalar, mediante cartazes.
Pelo meio Vieira Pires sublinha, em termos genéricos, que “o Hospital investiu muito na formação de pessoas”, justificando que “como não há dinheiro para obras, formamos pessoas”.
Por seu lado, o médico João Gabriel afirma que “é sempre bom continuarmos a dar sempre o nosso melhor naquilo que é a emergência”, dando como exemplos dessa intervenção, tal como já o fizera Vieira Pires, o papel desempenhado no socorro às vítimas do acidente com um autocarro da Câmara de Castelo Branco, na A23, em 2007, ou mais recentemente, com o acidente que envolveu outro autocarro, em janeiro do ano passado, no IC8, próximo da Sertã.
João Gabriel refere que “emergência nos hospitais era algo que havia pouco em todo o País” e revela que foi daí que partiu a ideia de avançar com esta Equipa, para destacar que “quando há vontade as coisas se fazem rapidamente”, pelo que “três meses depois a Equipa estava a funcionar”.
70 chamadas no primeiro
ano de funcionamento
A EEMI, tal como a Gazeta já noticiou, no primeiro ano de atividade, foi chamada a intervir em 70 situações de emergência no Hospital Amato Lusitano (HAL), em Castelo Branco.
De acordo com dados adiantados, 25 por cento dos casos envolveram utentes dos espaços comuns do HAL, ou seja, pessoas não internadas, sendo igualmente realçado que em mais de 85 por cento das situações a EEMI conseguiu reverter os eventos clínicos adversos.
Ou seja, para as 70 situações em que a Equipa foi chamada, apenas em 10 o desfecho foi a morte, sendo no entanto salientado que nestes casos se tratou de pessoas em fase terminal, em que se verificou a impossibilidade de inverter a situação.
Refira-se que a EEMI é constituída por médicos e enfermeiros com formação em técnicas de emergência e reanimação, encontrando-se sedeada na UCIP do HAL.
O objetivo da Equipa é a prestação de cuidados médicos e de enfermagem específicos e diferenciados a doentes hospitalizados, utentes do Hospital e funcionários em serviço que apresentem alterações súbitas ou deterioração progressiva da sua condição clínica, prevenindo a ocorrência do agravamento da sua doença e subsequentes episódios de paragem cardiorrespiratória (PCR), diminuindo a morbilidade e mortalidade associados aos cuidados de saúde hospitalares.
O projeto para a criação da EEMI do Amato Lusitano surgiu em setembro de 2012, cumprindo orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), a nível nacional.
O projeto foi aprovado pelo Conselho de Administração do HAL, pelo que, no final de 2012 se realizaram cerca de 20 ações de formação e sensibilização a todos os profissionais médicos, de enfermagem e serviços gerais, sobre a forma de avaliar os possíveis utentes que carecem de cuidados de emergência e a forma de contactar e ativar a EEMI, contribuindo positivamente para a prevenção da mortalidade intra-hospitalar.
A par disso foram também desenvolvidos cartazes exemplificativos sobre o despiste de situações de emergência intra-hospitalares e método de ativação da EEMI, consolidando a informação sobre a temática em todas as áreas hospitalares.
Tudo isto levou a que a 2 de janeiro do ano passado a EEMI tenha iniciado a sua atividade estando assim em funcionamento há pouco mais de um ano.
De referir, ainda que o grupo de trabalho da EMMI é constituído pelos enfermeiros Fernando Micaelo, João Valente e Nelson Antunes, e pelos médicos Nulita Lourenço e Paulo Costa.