Pedro Passos Coelho esteve presente na tomada de posse de Manuel Frexes
“Interior deve ser tratado como parte integrante de Portugal”
O presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco defendeu, sexta-feira, que o Interior “deve ser tratado como uma parcela integrante de Portugal”.
“Temos uma imensidão de recursos. Das montanhas, às florestas, à água, à energia, à agricultura e ao património”, disse Manuel Frexes durante o jantar de tomada de posse como presidente da Distrital social-democrata, onde esteve presente, Pedro Passos Coelho.
E, dirigindo-se-lhe, sublinhou a necessidade de se promover a coesão territorial e rejeitou a ideia do Interior “coita- dinho, de chapéu na mão, à espera do subsídio ou favor do Poder Central e deixou algumas questões a Passos Coelho.
“Em termos nacionais, tem algum sentido a Linha da Beira Baixa terminar na Covilhã e esquecer a sua natural ligação à Guarda e à Linha da Beira Alta? Tem algum sentido criamos sistemas multimunicipais para abastecimento de água e tratamento do saneamento às nossas populações e o preço ser duas e três vezes mais caro nos municípios do Interior, em comparação com os das grandes áreas metropolitanas?”.
O líder da distrital social-democrata continuou e voltou a perguntar se não faz todo o sentido, em termos nacionais, im-plementar políticas que promovam o rejuvenescimento dos territórios de baixa densidade, com políticas de promoção do emprego e das empresas”.
Manuel Frexes, terminou o seu discurso de tomada de posse, sublinhando que “este distrito merece uma maior atenção por parte do Poder Central”.
“Escapamos
a todas as pragas”
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, assegurou, na tomada de posse dos órgãos da Comissão Distrital de Castelo Branco, que o Partido “está bem preparado para os desafios que aí vêm”.
“As eleições ainda vêm longe. Aqueles que pensam que ao fim de três anos estamos cansados estão totalmente enganados. Felizmente escapamos a todas as pragas que nos rogaram”, acentuou Passos Coelho.
O presidente social-democrata sublinhou que tudo o que conseguiu alcançar “foi sem a ajuda da oposição, mas com o empenhamento dos portugueses”.
O social-democrata não poupou o PS, dirigindo algumas críticas à postura assumida pelos socialistas ao longo dos últimos três anos.
“Nunca soubemos o que o PS quis. Quis tudo e não quis nada. Não queria programa cautelar nem resgate”, recordou.
Mas, segundo Passos Coelho, “o País não se acomodou na crise, não foi de programa em programa”.
“O desemprego não continuou a aumentar, baixou. O investimento tem estado a recuperar devagarinho, mas a recuperar, e nós sabemos que fechamos estes três anos com a consciência de que fizemos o que era preciso fazer”, salientou.
O líder do PSD alertou, no entanto, que os avanços alcançados não chegam para que o Partido pense que, conquistou o direito a que as pessoas lhe confiem o voto daqui a um ano.
“Na política, um ano é muito”. Passos Coelho recordou que nos últimos três anos esteve a ser aplicado o programa de emergência financeira, económica e social.
“Mas estivemos também a lançar reformas importantes para o futuro. Não andamos distraídos”, sustentou.
“Nós sabemos o que é preciso fazer. Aqueles que acham que é melhor empatar, não se comprometer, não dizer grande coisa, cometem um erro, porque o País não pode ficar parado”.
Para o presidente do PSD, este ano é muito importante para mostrar que os últimos três anos, não foram um acaso.
O líder social-democrata reclamou ainda que os êxitos alcançados pelo Governo não se devem às posições do presidente do Banco Central Europeu, do Eurogrupo ou da Comissão Europeia, mas às políticas seguidas internamente.
“Foi porque nós decidimos o que era importante fazer, o que era importante para o nosso País”, concluiu.