11 de novembro de 2015

Politécnico de Castelo Branco comemora 35º aniversário
“Cabe à instituição responder aos novos desafios que a Região enfrenta”

O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia, disse que cabe à instituição responder aos novos desafios que a Região enfrenta, trazendo empresas para as suas redes de cooperação e promovendo a integração precoce de estudantes neste espírito.
“A Região depara-se, assim, com um duplo desafio de, por um lado, promover a reestruturação competitiva, baseada na introdução de fatores de inovação e qualidade dos setores tradicionais, e, por outro, de apoiar a estruturação de novos setores de criação de emprego e riqueza à escala regional”, afirmou Carlos Maia, no passada quarta-feira, dia 4, durante as comemorações do 35º aniversário do Politécnico.
E, neste sentido, recordou no seu discurso, que o relacionamento do Politécnico com a comunidade, através da investigação, prestação de serviços e transferência de conhecimento e tecnologia, “tem sido uma das apostas da instituição”.
“É uma marca de que nos orgulhamos, porque sentimos que tem sido bastante valorizada pelos vários parceiros e pela própria comunidade”, disse.
Carlos Maia sublinhou ainda que a investigação, a inovação e a transferência de conhecimento são dimensões fundamentais da economia moderna e esta relação entre a aposta da sociedade nestas dimensões e o crescimento económico, “merece especial atenção por parte do IPCB”.
O presidente da instituição recordou também aos presentes que o corpo docente do Politécnico irá atingir brevemente 60 por cento de doutorados, quando em 2009 era de 24 por cento.
Disse ainda que em 2015, 67,7 por cento dos candidatos ao Politécnico colocaram a instituição como primeira opção e a taxa de ocupação nos cursos de licenciatura foi de 94 por cento.
Segundo Carlos Maia, a captação de estudantes internacionais “é também uma aposta clara” da instituição e tem “exigido um esforço adicional”, quer ao nível da divulgação e promoção da oferta formativa a nível internacional, quer ao nível das condições de integração e permanência dos estudantes.
“Mas fizemos esse esforço, definimos uma estratégia de divulgação da instituição e criámos incentivos e condições para a vinda desses estudantes”, concluiu.

CCISP quer orçamento
em nome da estabilidade
O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, defendeu, durante a sua intervenção, a importância de haver “rapidamente um orçamento”, em nome da estabilidade das instituições.
“Vivemos um momento difícil e de incerteza, sem orçamento (de Estado) para 2016. Em nome da estabilidade das instituições é importante que o financiamento pelo regime duodecimal não vigore por muito tempo e que tenhamos rapidamente um orçamento”, afirmou Joaquim Mourato.
O presidente do CCSIP disse ainda que “estamos num tempo de lançar projetos, de assumir compromissos. Só o podemos fazer num clima de estabilidade”.
Sustentou ainda que “as instituições politécnicas contam com mais alunos, anseiam por um financiamento estável e esperam da tutela e dos demais atores do Ensino Superior, diálogo e confiança nas instituições”.
Para Joaquim Mourato é necessário um modelo de financiamento ajustado à realidade, estável, de caráter plurianual e orientado para atividades e resultados.

Sampaio diz que é necessário “afrontar” o êxodo
de diplomados
O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu em Castelo Branco, a necessidade de “afrontar” o êxodo de diplomados e adiantou que não se pode continuar a assistir “impávidos” à sua emigração.
“É necessário afrontar o êxodo dos diplomados. Não podemos continuar assim, a investir na qualificação dos portugueses e a assistir impávidos à sua emigração. Por uma razão fundamental, não há portugueses dispensáveis”, disse o antigo chefe de Estado.
Jorge Sampaio, que participou nas comemorações do 35º aniversário do Poltécnico, defendeu que a mobilidade em si é de encorajar, mas adiantou que “não podemos investir recursos públicos sem qualquer garantia de retorno”.
“Não tenho nenhuma solução mágica para este problema, mas entendo que há que pensar em soluções que impeçam a pauperização do País em recursos qualificados, que estanquem esta fuga de cérebros a que se vem assistindo nos últimos anos”, sustentou.
O antigo Presidente da República disse que tem por certo que o papel do Ensino Superior “é absolutamente insubstituível” e adiantou que nos tempos atuais “não há tarefa mais fundamental e urgente do que a educação”.
“Portugal não tem estudantes a mais. Não tem diplomados a mais. Portugal tem, bem pelo contrário. ainda baixos índices de qualificação escolar na sua população, apesar do enorme salto dado nas últimas décadas”, concluiu.

11/11/2015
 

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