A comissão administrativa da Delegação de Castelo Branco da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), que foi empossada sexta-feira, na sede nacional, em Lisboa, deu a conhecer, esta segunda-feira, o plano de atividades que tem delineado e no qual uma das principais apostas é num Programa de Emergência Social.
A equipa, que é presidida pela médica Luísa Adriano, adiantou que o programa que pretende colocar no terreno abrange o transporte de emergência social, bem como o transporte de apoio a vítimas de violência doméstica e seus familiares, que até agora, segundo foi adiantado, tem sido assegurado pela Delegação de Abrantes da CVP.
Para além disso, este programa contempla também uma vertente considerada importante, que é o serviço de teleassistência a idosos, ao que se junta ainda a recolha e entrega mensal de medicamentos.
Na apresentação do plano de atividades, Luísa Adriano realçou que “as respostas sociais que a cidade necessita têm sido objeto de preocupação das entidades dos mais diversos quadrantes políticos e administrativos” e sublinhou que “ainda conservamos na memória a célebre frase do ex-autarca desta cidade, comendador Joaquim Morão: «No nosso concelho ninguém passa fo-me»”.
Com base nisto avançou que o plano de atividades inclui a elaboração de “protocolos de parcerias com organismos públicos/privados, no- meadamente com a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Segurança Social e Instituto Politécnico de Castelo Branco, juntas de freguesia e forças de segurança, bem como Caritas, Banco Alimentar, APPACDM e Santa Casa da Misericórdia e ASPSI (Psicognosis), entre outros”.

Socorrismo de proximidade
nas freguesias
Por outro lado, apresentou o Programa Socorrismo de Proximidade, que tem como uma das suas principais vertentes a criação do denominado socorrista de proximidade. Um passo a dar em conjunto com as juntas de freguesia e que consiste em que em todas as juntas de freguesia do Concelho haja um socorrista com noções básicas de socorrismo e que saiba trabalhar com desfibrilhador, que ali será colocado.
Este programa abrange ainda a preparação de recursos humanos para apoio a situações de emergência, bem co-mo o apoio social com distri- buição de géneros alimentares, roupas e outras necessidades, sendo que, atualmente, a Delegação fornece alimentos a 98 famílias.
A isto há a somar a formação de equipas, incluindo emer- gência social, a dinamização de campanhas de prevenção e sensibilização na área de segurança e saúde e a realização de rastreios.
Do plano de atividades constam ainda os serviços na área de saúde, nomeadamente com a prestação de serviço de enfermagem todos os dias da semana, incluindo sábado e domingo, neste caso até às 12 horas, a toda a comunidade. Uma área em que a Delegação também continua a fazer análises clínicas, todos os dias úteis até às 11 horas, assegurando que “em mais de 70 por cento dos casos os utentes recebem no próprio dia, via e-mail, os resultados da colheita.
A isto junta as consultas gratuitas de Psicologia Clínica, para doentes referenciados por técnicos do serviço social.
Já no que respeita ao serviço social, a Delegação continua a alugar equipamento mé-dico, como cadeiras de rodas e camas articuladas, entre outros.

Novas valências
para breve
Mas as novidades não acabam por aqui, uma vez que Luísa Adriano revelou que “também vamos avançar com uma terapeuta da fala, nutrição e duas terapeutas ocupacionais, em que o acesso aos serviços terá um preço simbólico”.
Outra das preocupações da nova comissão administrativa tem a ver com a “área das demências”, nomeadamente Alzheimer e a demência senil. Uma área em que é considerado que “há muita falta de apoio”. Por isso, “primeiro vamos avançar com um levantamento e só depois avançar com um programa ou projeto e pedir apoio à Cruz Vermelha nacional”.
Luísa Adriano realça que “queremos que a Delegação de Castelo Branco se mantenha viva e ativa”, mas não deixa de alertar que “somos voluntários. Não Temos verbas próprias, sendo que vivemos só das quotas dos associados, que pagam um euro por mês”.
Atualmente, a Delegação, conta com dois mil associados, mas, desses, apenas 398 são sócios ativos, com quota pa-ga”, pelo que fica o apelo para que haja mais associados pagantes.
Uma matéria em que além dos benefícios que os associados já usufruem, por exemplo, no acesso a serviços a um valor baixo, acrescenta que outros se poderão juntar, concretamente através de “protocolos com o comércio local”.

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