Associação ambientalista denuncia novas descargas poluentes no rio Tejo
A Associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU) denunciou novas descargas poluentes no rio Tejo que provocou a morte de milhares de lagostins junto ao cais do Arneiro, no concelho de Nisa.
Em comunicado, a associação ambiental AZU explica que durante o passado fim de semana, “milhares de lagostins tentaram sair da água e refugiar-se nas margens do rio Tejo no cais do Arneiro, freguesia de Santana, concelho de Nisa, fugindo à imensa mancha negra com origem nas indústrias de Vila Velhade Ródão”. Os ambientalistas dizem que segundo relatos de pescadores e populares, o cheiro que vinha da água do rio, “era horrível” e adiantam que a mancha de poluição, “já se alongava para mais de 1,5 quilómetros para jusante do cais”.
“Milhares de lagostins morreram sufocados nas armadilhas que são o único sustento para algumas famílias nesta época do ano”, lê-se no documento.
A AZU sublinha que há cerca de uma semana e meia que as descargas se têm agravado, tornando-se visível nos concelhos de Vila Velha de Ródão, Nisa, Gavião, Mação e Abrantes. “O que vieram os deputados da Comissão de Ambiente fazer pelo Tejo acima desde Lisboa? Onde pára o ministro do Ambiente? Onde está o poder local, que é feito das Câmaras de Nisa e Vila Velha de Ródão?”, questiona a AZU.
Segundo os ambientalistas, o poder económico, “continua imparável, incorrigível e insensível, disposto a acabar com o Tejo, a fazer deste esgoto”.