A romanização das terras beirãs
No Museu Arqueológico do Fundão é inaugurada, terça-feira, a exposição Aspetos da Romanização das Terras Beirãs de entre Tejo e Douro.
A mostra revela 25 dos mais emblemáticos sítios arqueológicos da região entre o Tejo e o Douro que foram ocupados durante a época romana. Trata-se de um trabalho de divulgação e promoção do património arqueológico do território da Beira Interior, para o qual colaboraram diversos investigadores e que se revelou importante na construção de uma futura rede de sítios visitáveis.
Para Alcina Cerdeira, vereadora da Câmara do Fundão, “esta exposição promove o património numa lógica supramunicipal, que é uma linha de trabalho que desejamos fomentar”.
A chegada dos romanos à Península Ibérica no século II a.C., que culminaria em 19 a.C. com a conquista definitiva deste território, trouxe consequências inevitáveis que se refletiram no modo de vida das comunidades indígenas ao nível administrativo, político, económico, religioso, cultural e social.
No atual Concelho do Fundão há um conjunto significativo de aglomerados de época romana, de caráter rural e outras realidades com características urbanas. É o caso do sítio romano do Ervedal, em Castelo Novo, contemplado nesta exposição, do qual se conhecem dois complexos termais e onde desde 2007 têm sido desenvolvidos trabalhos de escavação. A mostra será completada com a realização de uma mesa redonda sobre a Turistificação do património arqueológico monumental, a realizar em data a confirmar.