24 de agosto de 2016

João Belém
O QUE O FAZ FELIZ?

O homem sábio não busca o prazer,
mas a libertação das preocupações e sofrimentos.
Ser feliz é ser auto-suficiente.
Aristóteles

Há mais de dois mil anos, Aristóteles chegou à pouco surpreendente conclusão de que o que uma pessoa quer, acima de tudo, é ser feliz.
Afirma ainda que o bem final, em direção ao qual convergem todas as ações dos homens a sua finalidade ultima, é o bem supremo, a que ele chama eudaimonia, que se traduz frequentemente como “felicidade”,não no sentido comum, mas o que se persegue no fundo, por muitas voltas que se dê, isto é,uma vida de plenitude e de crescimento como ser humano.
Em 1961, o psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi conhecido pelo seu trabalho no estudo da felicidade e criatividade e como o arquiteto do conceito psicológico de fluxo, ( flow ) um estado mental altamente focado, disse “ Embora a felicidade seja procurada por si mesma, todos os outros objetivos – saúde, beleza, dinheiro e poder - têm valor apenas porque esperamos que nos façam felizes”
Procurou um termo que descrevesse esse estado de nos sentirmos felizes e chamou-lhe“ fluxo “.
Mas quando é que estamos “no fluxo “?
Após algum trabalho de investigação, Csikszentmihalyi chegou à conclusão que a felicidade ou “fluxo”, acontece quando estamos
- intensamente focados numa atividade
- escolhida, por nós, e que seja
-nem demasiado fácil (aborrecida) nem demasiado desafiante (esgotante), que tenha
- um objetivo claro e que receba
- um feedback imediato
Csikszentmihalyi descobriu que as pessoas que estão “no fluxo” não só se sentem profundamente satisfeitas, como também perdem a noção do tempo, esquecendo-se de tudo ao estarem imersas por completo no que fazem.
Pergunta então Csikszentmihalyi:
“O que faz a vida valer a pena?”
Notando que o dinheiro não nos pode fazer felizes, ele olha para aqueles que encontram prazer e satisfação duradoura em atividades que provocam um estado de “fluxo”, pois só por meio de disciplina livremente escolhida a vida pode ser aproveitada,mas sempre dentro dos limites da razão.
O que o impede então de ser feliz?
Espero que após uma reflexão sobre o assunto exposto, este tenha contribuído, para que se consiga atingir a felicidade, pugnando sempre por atingir as virtudes éticas sendo a justiça a mais importante.

24/08/2016
 

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